O cancelamento da sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi interpretado pelos governistas como uma oportunidade para fortalecer a articulação do indicado ao STF entre os senadores. Agora, a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá o desafio de reconstruir a relação com o parlamentar para garantir a aprovação de Messias à Corte em 2026.
Em nota divulgada à imprensa, Alcolumbre expressou que a demora do governo em enviar a escolha de Lula ao Congresso parecia intencional. Ele classificou a atitude como uma omissão grave e sem precedentes, gerando insegurança jurídica na Casa.
O presidente do Congresso explicou que a ausência da mensagem de indicação, apesar de praxe, poderia gerar questionamentos judiciais sobre as etapas seguintes, como a própria sabatina de Messias.
O cancelamento da sabatina de Jorge Messias deu margem para a articulação governista, porém exigirá um esforço conjunto para assegurar sua aprovação em 2026. Alcolumbre acusou o governo de omissão grave, sugerindo que a demora proposital na indicação ao Congresso criou riscos jurídicos.
Os governistas interpretaram o cronograma estabelecido por Alcolumbre como uma estratégia para limitar o tempo de Messias para articular apoios, uma vez que o presidente do Senado preferia Rodrigo Pacheco para a vaga.
A expectativa inicial era que a sabatina na CCJ do Senado ocorresse em 10 de dezembro, com a possibilidade de votação no plenário no mesmo dia. Alcolumbre manifestou sua preferência pela indicação de Rodrigo Pacheco à vaga aberta por Luís Roberto Barroso.
Lula tornou público o escolhido, Messias, em 20 de novembro. O cronograma proposto por Alcolumbre foi interpretado pelos governistas como uma manobra para limitar o tempo do indicado negociar apoio entre os senadores.




