O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mostrou uma postura conciliatória ao elogiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um evento público no Amapá. O gesto de aproximação se deu após um período de desgaste entre os dois políticos, decorrente da indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal, que contrariou a preferência de Alcolumbre pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Durante o evento, Alcolumbre fez questão de enviar a Lula agradecimentos através do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A situação representou um sinal de trégua entre os dois líderes políticos. Durante a cerimônia de inauguração do primeiro Centro de Radioterapia do Amapá, que recebeu investimento do Ministério da Saúde, Alcolumbre elogiou a sensibilidade, compromisso e espírito público de Lula, especialmente em relação ao Norte e Nordeste do Brasil, regiões historicamente desfavorecidas. O presidente do Senado destacou a importância do olhar do governo para essas áreas. Alcolumbre aproveitou a presença de Padilha no evento para agradecer ao governo por apoiar o Amapá e mencionou que a atenção do presidente Lula para essas regiões era fundamental. O gesto público de conciliação veio um dia após um atrito entre os políticos. Na quinta-feira anterior, Lula criticou o peso das emendas impositivas durante uma reunião do Conselhão, chamando o mecanismo de ‘sequestro’ de 50% do Orçamento. A declaração gerou desconforto entre parlamentares e irritou Alcolumbre, que se queixou diretamente a membros do governo sobre o assunto. As críticas de Lula causaram rápida reação no Congresso, com parlamentares aliados demonstrando descontentamento. Alcolumbre, por sua vez, defendeu empenho pela aprovação da LDO nos termos do governo e também pela solução fiscal dos Correios. O presidente do Senado questionou a afirmação de ‘sequestro’ feita por Lula, destacando seu compromisso em evitar cortes para compensar prejuízos da estatal em 2026.




