Day McCarthy recusa se entregar após condenação por racismo contra Titi: “Criticou Justiça brasileira”

Day McCarthy não vai se entregar à Justiça após condenação por racismo

Condenada por racismo contra Titi, Day McCarthy pretende continuar morando em Paris, na França, e não vai se entregar a Justiça brasileira

A socialite Day McCarthy, condenada a oito anos e nove meses de prisão por racismo contra Titi, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, disse que não pretende se entregar para as autoridades brasileiras. Morando em Paris, na França, ela afirmou que vai continuar na Europa e criticou o sistema judiciário nacional.

> “Teria sido diferente [a condenação] se tivesse sido uma pessoa negra fazendo essa alegação, uma mãe negra da favela. O sistema de Justiça brasileiro só funciona para quem é famoso e rico”, alegou ela para o The Washington Post.

Na conversa, McCarthy disse que sabe ter sido racista, mas garantiu que também sofreu bullying e recebeu comentários ofensivos durante a sua vida.

“Foi isso que as pessoas me disseram quando eu era criança. Eu sofria bullying porque estava acima do peso, porque era filha de um homem negro, porque não tinha dinheiro, porque vinha de um bairro pobre”, alegou.

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank tiveram uma vitória judicial contra a socialite Day McCarthy por racismo contra Chissomo, primeira filha do casal, hoje com 11 anos de idade. A mulher foi condenada a 8 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado — essa é a maior pena deferida pela Justiça brasileira contra uma pessoa que cometeu injúria racial.

Em 2017, quando Titi tinha apenas 4 anos, Day McCarthy chamou a menina de “macaca horrível”. “A menina é preta, tem um cabelo horrível de pico de palha e um nariz de preto, horrível, e o povo fala que a menina é linda? Aí essas mesmas pessoas vêm ao meu Instagram me criticar pela minha aparência?”, disse.

Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil DE Fun no Instagram.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Brasil encerra 2024 com 82 criminosos na lista da Interpol

Brasil é o 9º país com mais procurados pela Interpol. Confira ranking

País fecha 2024 com 82 criminosos na lista dos mais procurados do mundo. Entre
eles, estão acusados por assassinatos, foragidos há décadas

Com 82 criminosos na lista de alerta vermelho da DE, o Brasil encerra o ano na nona colocação dos países que lideram em número de nacionais entre os foragidos mais procurados do mundo. Até a primeira quinzena deste mês, a lista incluía, ao todo, 6.671 nomes, dos mais diversos locais do planeta.

Na primeira posição do ranking, aparece a Rússia, com 3.046 criminosos, uma diferença relevante para o segundo colocado, El Salvador, que tem 855 foragidos em “alerta vermelho”. A maioria dos russos incluídos na lista é procurada pelo próprio país, por crimes relacionados a terrorismo, organização criminosa e participação em forças consideradas ilegais pelo governo de Vladimir Putin.

Em El Salvador, o número expressivo de foragidos é reflexo da política de encarceramento em massa e perseguição implantada, nos últimos anos, pelo presidente Nayib Bukele. Mais de 70 mil salvadorenhos foram presos, em um período de 19 meses. Ao todo, existem mais de 100 mil pessoas detidas, o que faz do país a maior prisão do mundo em taxas proporcionais.

Toda essa investida, alvo de denúncias frequentes de descumprimento de direitos humanos e ausência de processos legais, gera críticas ao presidente e, claro, provocou a fuga de centenas de pessoas do país. Bukele administra El Salvador em estado de exceção desde 2022, quando destituiu o procurador-geral e substituiu juízes da Suprema Corte por aliados.

Em terceiro lugar no ranking da Interpol, aparece a Argentina, com 237 nomes, seguida pela Índia em quarto, com 209. Confira abaixo o ranking dos países com mais criminosos na lista de alerta vermelho:

table visualization

BRASILEIRO NA LISTA DA INTERPOL

Entre os brasileiros que aparecem na lista da Interpol, estão pessoas acusadas de assassinato, tráfico de drogas, roubos qualificados, assaltos e crimes financeiros. Dos 82 nomes, 76 são homens e seis são mulheres. Na “ala feminina”, por exemplo, está Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, de 74 anos, conhecida como “Viúva Negra”.

Foragida há mais de três décadas, ela é suspeita de matar cinco ex-companheiros, entre 1971 e 1993, para ficar com heranças milionárias. Apesar disso, ela foi condenada por um dos crimes, apenas, ocorrido em 1991, que é referente ao quarto companheiro, o coronel Jorge Ribeiro. Ele foi amarrado, torturado e morto com marretadas na cabeça, no Rio de Janeiro.

imagem colorida do registro da viúva negra no site da interpol
Registro de alerta vermelho contra a “Viúva Negra” no site da Interpol

A inclusão de um nome da lista da Interpol não significa que a pessoa é procurada por crimes cometidos no próprio país, pelo contrário. Há muitos casos em que os foragidos cometeram delitos em outros países e os dados foram inseridos no sistema por solicitação das polícias desses locais.

LEIA TAMBÉM
– Brasil
QUEM É O CASAL PROCURADO PELA INTERPOL POR GOLPES EM PRODUTORES RURAIS

– Mundo
DELEGADO NOMEADO CHEFE DA INTERPOL É O 1º BRASILEIRO A ASSUMIR CARGO

– Mundo
CASO FLÁVIO: INTERPOL PROCURA FOTÓGRAFO BRASILEIRO QUE SUMIU NA FRANÇA

– Brasil
DONOS DE BET SÓCIOS DE GUSTTAVO LIMA INTEGRAM LISTA DA INTERPOL

Na lista de brasileiros, por exemplo, há nomes de procurados pela justiça de países, como: Japão, Argentina, EUA, Uruguai, Paraguai e Suriname. Um deles é o do ex-presidente da Nissan e da Renault, no Japão, o executivo Carlos Ghosn Bichara, de 70 anos. Ele é considerado foragido, após ter deixado o país em 2019, quando estava em liberdade condicional. O empresário é acusado de cometer crimes financeiros.

Veja a lista completa dos brasileiros que estão no alerta vermelho da Interpol:

table visualization

REGRAS DA LISTA DA INTERPOL

O registro de um alerta red, com inserção de dados na lista da Interpol, ocorre por solicitação de países ou cortes especiais que integram a aliança da polícia internacional. Ele funciona como uma solicitação às autoridades do mundo todo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa que está pendente de extradição, em decorrência de crimes ou condenações.

Um aviso de alerta vermelho, no entanto, não é um mandado de prisão internacional. Assim que detidos, os procurados devem ser encaminhados para os países onde tramitam as ações judiciais correspondentes. É importante destacar que cada país membro do acordo aplica as próprias leis ao decidir se deve ou não prender determinada pessoa. Em relação aos crimes, qualquer delito é passível de registro na lista da Interpol, desde que a pessoa seja considerada foragida internacional e o país requerente faça a solicitação formal de inserção dos dados. A maioria dos avisos vermelhos está restrita ao uso policial, apenas. A lista é atualizada diariamente pela Secretaria-Geral da Interpol.

O órgão terá, pela primeira vez, a partir de 2025, um delegado brasileiro como secretário-geral. Trata-se do delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, cujo mandato será de 2025 a 2030.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp