De biscoito a bolo de aniversário: conheça o mundo da gastronomia para pet em Goiânia

Ração é coisa do passado em datas especiais para cachorros. Sim, eles têm momentos de celebração e com cardápio especial. O mercado para pet inova e ganha cada vez mais espaço. A quantidade de fornecedores e de opções de serviços nesse segmento tem surpreendido até quem atua na área. A bola da vez são as festas de aniversário.

A moda ficou popular com o aumento do número de creches para animais. Nesses espaços, a criatividade ajuda a entreter os bichinhos e agradar os tutores colocando o Brasil em sexto lugar no mercado global para pet, de acordo com o Pet Brasil.  Somente neste ao o faturamento deve ser de R$ 52 bilhões.

Aniversários representam um dos vários eventos realizados para eles, incluindo Páscoa e Natal, por exemplo. As iguarias servidas para os convidados têm apenas algumas proibições no menu: alho, cebola e uva. Há seis anos no mercado goianiense, a pet chef Andréa Hermano faz malabarismo para atender a clientela fiel e os interessados em encomendar os pratos saudáveis preparados por ela.

Ela tem se surpreendido com a quantidade de concorrentes no segmento desde o início da pandemia e lembra que apostou na ideia de gastronomia para animais em uma época em que não havia tanta informação sobre o assunto. Os pedidos voltados para gatos, jabutis e até calopsita são constantes e chamam atenção.

“Assisti a uma reportagem na televisão e me interessei. Fiz cursos, me aprimorei e hoje mal dou conta de tantos pedidos. São cerca de 20 bolos por semana fora biscoitos e outros produtos. Produzo o dia todo para atender encomendas e vender no Mercado Natureba, uma feira que participo. Em épocas festivas incluo no catálogo a coxinha, ovo de Páscoa e cãonetone, uma versão pet do panetone”, diz.

Andréa explica que os ingredientes são os mesmos que os seres humanos consomem, exceto itens industrializados. Ela garante que nenhum tem sabor de carne e mesmo assim, os cães aprovam. O papo não parece ser de vendedor mesmo porque os tutores do Tonico, Renato Brandão e Márcus Campos, levaram o “filho” para várias festinhas de amigos do pet e a alegria foi a marca da reunião.

Primeiro aniversário

Nesta quarta (20), o dachshund celebrou um ano de idade com os colegas e cuidadores da creche onde o animal fica todos os dias. Os “pais” organizaram a comemoração com tudo o que um aniversário tem, inclusive com tema de “mercearia do Tonico” e lembrancinha para os participantes pet e humanos. Apesar disso, o preço não foi tão alto, na opinião deles.

“Encomendamos bolo, cupcakes, decoração, saquinhos com tags com nome dele e dois biscoitinhos caninos para lembrancinha dos animais e pirulitos com a imagem do Tonico para os tutores da creche. Ele gosta muito verduras como berinjela e banana, então tivemos ideia de fazer uma mercearia na festinha. Também compramos cenouras e mamões para servirem para os cachorros na creche. Tudo custou de R$ 250 a R$300”, afirma Renato.

Doces salgadinhos

Renato e Marcus fazem parte da minoria do público de Andréa que, costuma receber pedidos de mulheres, majoritariamente. Eles estão dispostos a pagar de R$ 50 a R$90 em um bolo e R$ 30 em um pacote de 200 gramas de biscoitos saudáveis para os pet. “Meu público não é de classe baixa. É selecionado. As coisas para pet são mais caras porque são específicas. Eles não podem consumir qualquer tipo de produto”, frisa a pet chef.

Apesar disso, ela considera que o investimento não chega a ser tão alto porque o cálculo de alimentos por animal convidado para uma festinha é diferente daquele feito para seres humanos.

“No meu buffet pet tem docinhos, cupcake, pirulito bolo e docinhos, mas os cachorros estão acostumados com uma alimentação mais restrita. Se comerem muita coisa diferente vão passar mal. Ou seja, não precisa exagerar no pedido. Numa festa para 34, basta pedir para o equivalente a 27 convidados pet”, pontua.

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Presos integrantes e simpatizantes de torcida organizada

Polícia Civil de Goiás após compartilhamento de informações, deflagraram, nesta quarta-feira, 18, em Aparecida de Goiânia, a Operação Último Lance, para cumprir nove mandados judiciais. Foram quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra indivíduos integrantes e “simpatizantes” da “Torcida Esquadrão Vilanovense – TEV”.

Vinculados a um grupo que se autointitula “Primeiro Comando de Aparecida – PCA”, eles são investigados pela prática dos crimes de associação criminosa, duas tentativas de homicídio qualificadas pelos motivos fúteis e pelo recurso que dificultou a defesa das vítimas e roubo majorado pelo concurso de pessoas.

Torcida organizada

O grupo é responsável por uma série de emboscadas e ataques a torcedores rivais, durante o deslocamento de eventos esportivos, na região de Aparecida de Goiânia. Especificamente, na noite de 13 de outubro de 2024, no Setor Miramar.

Os investigados estavam em um veículo e de forma consciente e voluntária, atropelaram dois torcedores do Goiás Esporte Clube, que estavam em uma motocicleta, fazendo com que caíssem e sofressem diversas lesões corporais.

Os investigados ainda desembarcaram do veículo e agrediram covardemente as vítimas, bem como subtraíram suas vestimentas, mochila e aparelhos celulares.

Por fim, após a emboscada, os objetos roubados foram exibidos como “troféus” em perfil de rede social vinculada a torcida organizada dos investigados, configurando ainda os delitos de incitação ao crime e apologia de crime.

Foram presos durante a operação policial os quatro coautores, além da apreensão do veículo automotor utilizado no crime, os aparelhos celulares subtraídos da vítima e vasto material ligado a torcida organizada.

A ação foi da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, através do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot/Deic), e  Polícia Militar de Goiás, por meio do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe/PM/GO).

A divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e Despacho da Autoridade Policial responsável pelas investigações, justificadas na possibilidade real de identificação de novas vítimas.

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