DE é cobrada por MPF após 22 anos por vazamento de óleo no mar do ES

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Após 22 anos, DE ainda não pagou indenização por óleo no mar do ES

Vazamentos ocorreram em 2003. MPF cobra da DE, e outras duas empresas, R$ 507 mil por danos ambientais materiais e morais

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o cumprimento da sentença que condenou as empresas DE, Petromaritma e Ultraocean ao pagamento de indenização por danos ambientais materiais e morais decorrentes do derramamento de óleo no mar da baía do Espírito Santo, em 2003.

As empresas foram condenadas em 2009, mas, desde então, apresentaram recursos judiciais e protelaram o pagamento das indenizações. A ação, no entanto, transitou em julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em fevereiro deste ano. Como não cabe mais recurso, o MPF pediu à Justiça Federal que obrigue as empresas a cumprirem a sentença.

O valor individual inicial a ser pago era de R$ 50 mil, mas foi atualizado para R$ 169.305,33, já com as devidas correções monetárias, totalizando R$ 507.915,99 em indenizações.

O MPF pediu à Justiça que intime as empresas sobre a decisão, incluindo os responsáveis pelas companhias que já foram fechadas (Petromarítma Ltda e Ultraocean Shipping Agency & Chartering Ltda,) e a DE para que paguem o valor devido voluntariamente, em até quinze dias.

6 MIL LITROS DE ÓLEO

A contaminação foi ocasionada por dois vazamentos, ocorridos nos dias 26 e 28 de abril de 2003, em embarcações operadas pela Petromarítima. No primeiro acidente, houve o derramamento de 4 mil litros de óleo após o afundamento parcial de uma embarcação na região do Pier de carvão da DE.

Já o segundo acidente, desta vez no Pier II da DE, foi ocasionado pela embarcação Moacir Pinto Garcia, em uma operação de descarga de óleo “slop” do navio Princess Nadia, de responsabilidade da Ultraocean.

Apesar de ter vazado quantidade menor de óleo no segundo acidente, cerca de 2 mil litros, a contenção se estendeu por 6 dias, devido às condições da maré, e não foi suficiente para evitar totalmente os danos ambientais, resultando em poluição na Ilha do Boi e em alto mar.

DE ainda não se manifestou sobre o assunto. O espaço permanece aberto para eventuais posicionamentos.

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