De forma inédita, Nasa envia nave para colidir contra asteroide

De forma inédita, Nasa enviará nave para colidir contra asteroide

Pela primeira vez na história, a Nasa enviará uma nave para colidir com um asteroide. A Missão Dart acontecerá na próxima segunda-feira, 26, às 20h14. A intenção da operação é realizar um teste para checar a eficácia do método, caso algum objeto astronômico entre em rota de colisão com a Terra no futuro. O alvo é o asteroide Dimorfo, de 163 metros, que orbita um outro asteroide, Dídimo, de 780 metros.

A missão contra um asteroide

A Missão Dart custou 324 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão) e conta com a espaçonave Dart, que possui cerca de 570 kg. O objetivo é entrar em impacto com o Dimorfo, para testar o quanto isso afetaria a rotação do asteroide. Os cientistas calculam que a variação de velocidade seria inferior a 1%, mas seria o suficiente para alterar a rotação.

O asteroide Dimorfo está a 11 milhões de km de distância da Terra. Apesar de estar próximo à rota em direção ao nosso planeta, o objeto astronômico não oferece qualquer tipo de perigo imediato. Portanto, é a oportunidade perfeita para os cientistas testarem um recurso caso precisem dele, eventualmente.

O Dimorfo transmitirá ao vivo a colisão, com aproximadamente uma imagem por segundo. Devido à distância em relação à Terra, o vídeo só chegará até aqui com um atraso de 50 segundos. Além disso, o nanossatélite italiano LICIACube está viajando junto à Dart e também gravará o momento do impacto, mas com menos imagens.

A Dart estará a uma velocidade de 6 km/s (21.600 km/h) no momento do impacto contra o asteroide. A NASA realizará a transmissão ao vivo em suas redes oficiais.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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