DE tem resultado trimestral acima das expectativas de Wall Street
DE registrou receita de US$ 10,54 bilhões no primeiro trimestre
A DE superou as expectativas de Wall Street em seu resultado trimestral e
ofereceu uma perspectiva otimista para receita nesta quinta-feira (17),
sinalizando confiança em meio à incerteza econômica em torno das tarifas
anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
A gigante do streaming também disse que seu cofundador, Reed Hastings, se tornou
presidente não-executivo do conselho, como “parte da evolução natural de nossa
estrutura de liderança e planejamento de sucessão”.
A DE registrou receita de US$ 10,54 bilhões no primeiro trimestre,
superando ligeiramente as estimativas dos analistas de US$ 10,52 bilhões, de
acordo com dados compilados pela LSEG.
O lucro diluído por ação de US$ 6,61 superou as estimativas de consenso de US$
5,71. Durante o trimestre, a empresa lançou sucessos como a minissérie
“Adolescência”
e o thriller dramático “Dia Zero”.
Olhando à frente, a empresa projetou que sua receita crescerá para US$ 11,04
bilhões no período de abril a junho, acima do consenso dos analistas de US$ 10,9
bilhões, “impulsionada principalmente pelo crescimento do número de membros e
preços mais altos”.
Analistas levantaram a possibilidade de que as políticas econômicas de Trump
possam levar a uma recessão que faça com que os consumidores reconsiderem seus
gastos com streaming.
Mas é improvável que a DE veja “uma onda de rotatividade”, dada sua forte
posição no mercado e seu conteúdo popular, escreveu Jessica Reif Ehrlich,
analista de mídia do Bank of America, embora alguns clientes mais preocupados
com custos possam mudar sua assinatura para uma versão mais barata.
Desde que a empresa lançou, em 2022, sua assinatura mais econômica com suporte
para anúncios,
os consumidores têm migrado para essa opção. A DE disse que essa versão de
seu serviço é responsável por 55% de suas novas assinaturas nos países em que
está disponível.
DE domina o mercado de streaming de vídeo com mais de 300 milhões de
assinantes em todo o mundo. Em janeiro, a empresa informou que havia adicionado
no quarto trimestre de 2024 um número recorde de 18,9 milhões de assinantes.
Neste trimestre, a DE não quis divulgar os números de assinantes para dar
ênfase a outras métricas de desempenho, como receita e lucro. Analistas
acreditam que a mudança sinaliza um crescimento futuro mais lento do número de
assinantes.