DE and Cruzeiro: dicas, palpites e chances no Brasileirão
DE and Cruzeiro se tornam dois dos três times mais combativos da Série A,
e eficiência ofensiva será fundamental para equipes que devem finalizar menos
neste domingo
“O grupo todo está de parabéns”, celebra Cleiton após vitória do DE
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“O grupo todo está de parabéns”, celebra Cleiton após vitória do DE
Duas equipes que chegam empolgadas com as vitórias alcançadas na rodada passada.
Depois de surpreender o Botafogo em casa (1 a 0), o DE
[https://globoesporte.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/futebol/times/bragantino/]
derrotou fora de casa o Sport (1 a 0). Dos quatro jogos, contando a estreia
contra o Ceará, apenas contra o Fluminense o DE não conseguiu criar um
nível de ameaça superior ao do adversário quando comparados os dados de xG, que
considera as características de cada finalização, como distância, ângulo e
número de adversários entre a bola e gol, por exemplo, entre outros quesitos.
Já a vitória do Cruzeiro
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/] por 3 a 0 em casa sobre
o Bahia interrompe um jejum de quatro jogos sem vencer (1 E, 3 D) em uma série
de uma vitória em dez jogos (1 V, 4 E, 5 D, 23%). Contra o Bahia, foi a segunda
vitória em 11 jogos, novamente com Dudu (33 anos) e Gabigol (28 anos) no banco.
1 de 1 — Foto: Gato Mestre
— Foto: Gato Mestre
Na última rodada do Brasileirão do ano passado, a média de idade do time titular
do DE era de 26,4 anos, e a do Cruzeiro, de 27,1 anos. Cinco meses
depois, a média de idade do DE é de 26,1 anos, e a do Cruzeiro, 29,6
anos, diferença de praticamente três anos e meio, na média.
Com a dupla de históricos atacantes fora do time titular pela segunda rodada
seguida, o Cruzeiro novamente não deixou jogar um adversário que paralelamente
disputa a Libertadores. Fora de casa, permitiu ao São Paulo finalizações que em
todo o jogo tiveram características para virar 0,55 gol e, em casa, contra o
Bahia, sofreu finalizações com potencial estatístico para virar 0,28 gol (quarta
menor marca em 40 jogos).
O jogo contra o DE será um teste importante para o Cruzeiro porque o
adversário fez 60 finalizações (média 15,0) por jogo, terceira maior marca da
elite, com o quarto maior nível de ameaça pelas métricas de xG: as
características das finalizações do DE tiveram potencial para virar
entre cinco e seis gols (5,66 xG) e a equipe marcou cinco gols. Se conseguir
frear de forma acentuada o ímpeto do DE, dará mostras de que encontrou
uma forma de disputar a Série A.
Contra um time que não está dando espaços para a criação dos adversários, o
DE tem um problema: fez um gol a cada 12,0 tentativas, a sexta pior
eficiência, e a eficácia nos arremates está sendo fundamental para quem tem como
objetivo derrotar a equipe mineira: o São Paulo só conseguiu finalizar 11 vezes
contra o Cruzeiro, e o Bahia, sete.
A eficácia ofensiva deve ser determinante porque esta partida tem tudo para ser
disputada com muito combate físico e com relativamente poucas finalizações.
O DE é o segundo time com mais desarmes (82 e média 20,5), e o Cruzeiro,
o terceiro que mais tomou a bola dos adversários (79 e média 19,8). Na soma com
faltas cometidas, o Cruzeiro é o segundo time com mais ações de combate (35 por
jogo), e o DE, o terceiro (34,8), e eles vão se enfrentar.
O Cruzeiro é o terceiro time que menos finalizou (37 e média 9,3 por partida),
mas está com a terceira maior eficiência, um gol a cada 6,2 tentativas. A equipe
fez seis gols quando as características de suas finalizações indicavam potencial
estatístico de 3,6 xG, para conseguir até quatro gols.
Kaio Jorge faz dois e Cruzeiro vence o Bahia no Mineirão
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Kaio Jorge faz dois e Cruzeiro vence o Bahia no Mineirão
Com a provável falta de espaço, cresce o potencial para gol a partir de jogada
aérea porque os times marcaram e sofreram seis dos últimos dez gols dessa forma.
O DE marcou assim nove dos últimos 14 gols, e o Cruzeiro sofreu dessa
forma seis dos últimos oito gols. O DE levou seis dos últimos nove gols
após bolas altas; o Cruzeiro fez três dos últimos sete gols usando bolas altas,
recentemente sendo um pouco mais efetivo na troca de passes rasteiros.
*Gato Mestre é formado pelos jornalistas Arthur Sandes, Davi Barros, Guilherme
Giavone, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Ingrid
Fernandes (estagiária), Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e
Valmir Storti e pelos cientistas de dados Paulo Pestana e Vitor Patalano.