A decisão da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, titular da 1ª Vara Criminal, foi negar o pedido para que o influenciador Vitor Vieira Belarmino, atualmente foragido e acusado de atropelar e matar Fábio Toshiro, fosse ouvido por videoconferência em audiência do caso que ocorreu na Zona Oeste do Rio. A magistrada destacou em sua decisão que permitir esse tipo de procedimento para um réu foragido poderia ser interpretado como uma forma de o Judiciário permitir que o réu evitasse a aplicação da lei penal, o que não seria condizente com os princípios da justiça.

Belarmino está foragido desde o crime, que aconteceu em julho do ano passado. A própria juíza ressaltou que o Código de Processo Penal não prevê o direito de um réu foragido ser interrogado por videoconferência, sendo uma prerrogativa garantida apenas aos réus presos ou devidamente qualificados em Juízo, em situações excepcionais. Essa negativa ao pedido da defesa do influenciador foi baseada não apenas no aspecto legal, mas também na preocupação de garantir a efetividade da aplicação da lei penal.

Além disso, a juíza enfatizou que a concessão desse pedido, no caso específico de Belarmino, poderia ser interpretada como uma forma de o Judiciário concordar com a ideia de permitir que o réu se esquivasse da responsabilidade pelos seus atos. Por isso, a decisão de negar o pedido foi tomada com base na necessidade de garantir que a justiça fosse cumprida e que o réu respondesse pelas acusações que pesam sobre ele.

O caso que resultou na morte de Fábio Toshiro Kikuda ocorreu logo após seu casamento, quando ele e sua esposa, Bruna, foram atingidos pelo veículo de Belarmino em alta velocidade. Segundo o inquérito policial, o influenciador estava a 109 km/h no momento do impacto, ultrapassando em muito o limite de velocidade da via, que é de 70 km/h. Um vídeo do momento do acidente foi incluído nas investigações, mostrando a gravidade da situação e a violência do impacto.

Diante da gravidade dos fatos, a polícia está em busca do influenciador Vitor Vieira Belarmino para que ele responda pelas acusações de atropelamento e homicídio decorrentes desse trágico incidente. A comunidade e os familiares da vítima aguardam por justiça e esperam que o culpado seja encontrado e responsabilizado conforme a lei. A decisão da juíza em negar o pedido de oitiva por videoconferência reflete a preocupação em assegurar que a justiça seja feita e que o réu não possa se furtar de suas responsabilidades.