Decisão da Justiça do RJ afasta 22 agentes do Degase após denúncia do MP

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A Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão impactante ao afastar 22 agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) após denúncia do Ministério Público (MP). Segundo as informações, esses agentes estariam envolvidos na incitação de uma rebelião em uma unidade do sistema socioeducativo durante o ano de 2019. Um dos agentes denunciados, Thiago Guedes Suzano, foi preso recentemente em Nilópolis, na Baixada Fluminense, suspeito de liderar e incentivar adolescentes internados no Centro de Socioeducação da Ilha do Governador a se rebelarem durante uma greve da categoria.

Na decisão que determinou o afastamento dos agentes, o juiz destacou a necessidade de evitar a reiteração de delitos ou situações ainda mais graves. A denúncia do MP se concentra em uma rebelião que ocorreu em novembro de 2019, a qual teria sido orquestrada pelos próprios agentes como forma de pressão e chamar atenção para as reivindicações da categoria. O presidente do sindicato da categoria também está entre os denunciados pela participação no movimento.

De acordo com o Ministério Público, os agentes teriam manipulado os adolescentes internados, tratando-os como marionetes para criar o caos nas unidades. Os jovens teriam sido usados como “massa de manobra”, sofrendo consequências psicológicas e físicas, além de danos ao patrimônio público. Mensagens obtidas em um grupo de WhatsApp revelam a articulação dos agentes para incitar a rebelião, demonstrando como os eventos foram planejados.

Depoimentos de internos mencionam que Thiago Suzano teria autorizado as ações violentas dos adolescentes e garantido que a equipe de plantão não interviria. Além disso, os agentes são acusados de crimes como tortura, incitação à violência e facilitação de fuga de internos. O Degase afirmou que ainda não foi oficialmente notificado, mas cumprirá integralmente a decisão da justiça.

O sindicato da categoria contesta a denúncia, alegando que se baseia em conversas descontextualizadas de um grupo de mensagens de 2020. Em relação ao presidente do sindicato, João Rodrigues, a entidade ressalta sua trajetória e afirma que continuará no cargo. Quanto ao agente Thiago Suzano, a defesa destaca seus bons antecedentes e disposição para colaborar com a justiça.

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