Decisão judicial proíbe venda ilegal de lotes em Terra Indígena na Grande São Paulo

A Justiça Federal proibiu a realização de construções e a venda ilegal de lotes na Terra Indígena Tenondé Porã, localizada na Grande São Paulo. A decisão veio em resposta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra Talita Bueno da Silva, acusada de comercializar terrenos dentro da área protegida. Talita vendia lotes de mil metros quadrados por R$ 30 mil e demarcava os terrenos com cercas, o que configurava uma atividade ilegal.

Todas as ações de Talita eram feitas de forma clandestina, uma vez que no Brasil não é permitido comercializar terras indígenas. Além disso, a ré também teria ameaçado lideranças Guarani, agentes da Funai e do Ibama, e tentado ocupar a região em outras ocasiões recentes. Fiscais da Funai e do Ibama conseguiram remover os invasores e demolir as construções, evitando a necessidade de intervenção judicial.

A decisão judicial proíbe a realização de novas construções e a venda de lotes na área indígena, bem como determina a remoção de cercas, estruturas, resíduos e entulhos existentes, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Além de Talita, outros invasores também estão proibidos de retornar à Terra Indígena Tenondé Porã. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Steven Shuniti Zwicker, autor da ação contra Talita, alerta para o risco de outros compradores terem adquirido lotes da ré e tentarem ocupar a região em breve. A comercialização ilegal de terras indígenas representa uma grave violação dos direitos dos povos tradicionais e da legislação ambiental vigente. É fundamental que medidas rigorosas sejam tomadas para proteger esses territórios e evitar a exploração predatória de recursos naturais.

A venda ilegal de lotes em terras indígenas prejudica não apenas as comunidades locais, mas também o equilíbrio ambiental e a preservação da biodiversidade. A atuação da Justiça e dos órgãos fiscalizadores é essencial para coibir práticas ilícitas e garantir a proteção desses territórios sagrados. A população deve estar atenta e denunciar casos de invasão e comercialização irregular de terras indígenas, contribuindo para a preservação dessas áreas fundamentais para a conservação da natureza e da cultura dos povos originários.

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Mulher abalada e com medo denuncia influenciadora por ameaças: advogada promete medidas

Mulher que acusa influenciadora de Ribeirão Preto de ameaças está abalada e com medo, diz advogada

Lais Oliveira publicou vídeos nas redes sociais dizendo ‘saber onde encontrar’ seguidora. Defesa da vítima diz que vai pedir medida protetiva.

A seguidora que denunciou Lais Oliveira após dizer que não recebeu o prêmio de R$ 15 mil em um sorteio on-line afirma que está abalada com novas publicações da influenciadora de Ribeirão Preto (SP), onde ela diz que ‘sabe onde encontrá-la’ e ‘sabe onde é a igreja dela’.

Segundo a advogada da vítima, Hevelin Clair de Castro, a mulher, que tem medo de ser identificada, deixou de frequentar lugares públicos com a família e vai pedir na Justiça uma medida protetiva para que Lais seja impedida de se aproximar dela.

“Ela está bem abalada. Ela tem ido ao trabalho, trocou de trabalho, mas ambientes públicos que corra o risco, inclusive a igreja que foi citada, não tem ido mais por medo. Agora ela mesma [Lais] mostrou que, se acontecer algo com ela, está na cara para quem quiser ver”.

À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Lais negou que a influenciadora tenha ameaçado a seguidora.

A advogada disse que orientou a mulher a registrar um novo boletim de ocorrência contra a influenciadora e agora vai entrar na Justiça para pedir uma indenização por conta do valor do prêmio não recebido e também por dano moral.

“Vamos para a esfera civil, para que ela repare. Tanto pague o que deve, quanto repare esse dano e a extensão que ela vem trazendo. Em vez de trazer uma solução, só estendeu mais”.

Lais e o marido, Eduardo Veloso, foram denunciados pelo Ministério Público de Alagoas por integrar um grupo envolvido na prática de crimes contra a ordem econômica, lavagem de bens e exploração de jogos de azar a partir da divulgação do “jogo do tigrinho”.

Segundo o MP, Lais e Eduardo estampariam as imagens de publicidade do esquema fraudulento e também eram divulgados nos stories de uma das investigadas, que é mulher do chefe da organização criminosa.

O DE entrou em contato com o órgão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O Tribunal de Justiça de Alagoas, onde corre o processo, disse que não poderia passar informações pois o caso tramita em segredo.

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