Liminar da Justiça suspende reunião que votar impeachment de presidente do Corinthians
Decisão foi comunicada quando Conselho Deliberativo já estava reunido; Augusto Melo levou documento ao presidente do órgão, que encerrou o encontro
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Augusto Melo segue na presidência do Corinthians. Na noite desta segunda-feira, o dirigente obteve uma decisão liminar da Justiça que impediu a realização da votação do processo de impeachment.
A decisão judicial saiu por volta das 19h, quando os conselheiros do clube já estavam reunidos no Parque São Jorge.
Com a liminar em mãos, Augusto Melo entrou no ginásio do clube acompanhado de aliados e entregou o documento ao presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr, que leu o conteúdo e anunciou a decisão de suspender o encontro.
Mais cedo, Augusto Melo já havia tido um outro pedido de liminar negado. Além de trabalhar politicamente, o presidente apostava na estratégia jurídica para barrar a sua destituição.
Embora se baseie em argumentos jurídicos, o processo de impeachment é essencialmente político. O estatuto do Corinthians determina que são motivos para destituição: ter praticado crime infamante, com trânsito em julgado da sentença condenatória; ter acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians; não terem sido aprovadas as contas da sua gestão; ter infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária; prática de ato de gestão irregular ou temerária.
O pedido de impeachment de Augusto Melo se baseia primordialmente nas supostas irregularidades do contrato com a VaideBet, que ainda está sob investigação da Polícia Civil. Os signatários do documento argumentam que, devido à atuação e omissão de Augusto, “a imagem da instituição foi arremessada num lamaçal de notícias degradantes” e teria infringido também a Lei Geral do Esporte.