O caso envolvendo Renata Muggiati e Raphael Suss Marques teve um desdobramento importante nesta quinta-feira (26), quando desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiram aumentar a pena do médico condenado por matar e jogar pela janela o corpo da fisiculturista. Raphael foi condenado em 2023 por asfixiar e atirar o corpo de Renata do 31º andar do prédio em que viviam, em Curitiba. Essa sentença foi baseada nos crimes de homicídio, com qualificadoras de feminicídio, meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo torpe, além de lesão corporal e fraude processual.
Com a decisão dos desembargadores, a pena de Raphael passou de 31 anos para 34 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão. A defesa do médico, representada pelo advogado Nilton Ribeiro, pretende recorrer da decisão com o objetivo de anular o júri, argumentando que o mesmo foi contrário às provas apresentadas no processo. Por outro lado, os advogados da assistência de acusação, do escritório Accioly, Laufer Sociedade de Advogados, enxergam a decisão como um avanço na luta contra o feminicídio, reforçando a mensagem de que esses crimes não serão relativizados.
Ao longo do processo, testemunhas revelaram que Raphael agrediu fisicamente e ameaçou Renata durante o relacionamento de onze meses que mantiveram. Amigos da fisiculturista afirmaram que ela se afastou da vida social, do trabalho e das competições, além de ter perdido peso e demonstrado sofrimento emocional. Mesmo diante dessas acusações, Raphael sempre negou ter causado qualquer mal a Renata. O médico foi condenado por asfixiar e jogar o corpo da vítima pela janela do apartamento em que viviam, no 31º andar do prédio.
O desfecho desse caso evidencia a importância de se reforçar a luta contra o feminicídio e a violência contra as mulheres. O aumento da pena de Raphael Suss Marques é um marco nesse combate, sinalizando que tais crimes não serão tolerados pela justiça. A busca por justiça em casos como o de Renata Muggiati é essencial para garantir que a sociedade rejeite qualquer forma de violência, especialmente aquela direcionada às mulheres. O trabalho conjunto entre órgãos judiciais e demais instituições é fundamental para coibir e punir os responsáveis por atos tão lamentáveis. Afinal, cada passo dado no sentido de combater o feminicídio é um avanço na construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Siga acompanhando as notícias no DE Paraná.