Decoração sensorial: transformando ambientes com conforto e propósito

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Decoração sensorial: o novo jeito de morar une conforto, propósito e conexão

Mais que estética, a casa brasileira busca alma. A decoração vira ferramenta para criar bem-estar e lares com mais sentido.

Depois de anos com a estética “capa de revista” dominando os cenários, hoje, o brasileiro compra e reforma com outra régua: o conforto emocional. Essa perspectiva está cada vez mais clara em Mostras e Feiras ArqDecor ao redor do planeta e não é diferente no Brasil. Aquela atmosfera intocável e fria dá espaço a lugares com DNA e muita história para contar.

Essa movimentação toda é sentida em números. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), a produção nacional de móveis avançou 10,5% nos dez primeiros meses de 2024, puxada, principalmente, pelo segmento de estofados de alto valor agregado.

Isso tudo, claro, também se reflete nas obras. A construção civil encerrou 2024 com crescimento de 4,1%, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), sobretudo por conta das reformas residenciais. Essa conjunção de olhar com mais carinho para a moradia e desejo de agregar bem-estar e qualidade de vida, abriu oportunidades para uma revolução sensorial dentro de casa.

Curvas que abraçam

Nessa aposta sensorial, as linhas orgânicas têm se destacado como protagonistas no design contemporâneo. Elas surgem como uma resposta visual e emocional à rigidez dos ambientes do passado, criando uma sensação de fluidez e acolhimento que começa no olhar e se completa no toque. “Esse movimento não é apenas uma tendência, mas uma necessidade latente. A lógica é simples: arestas suaves reduzem a sensação de rigidez, favorecem a circulação e proporcionam acolhimento para quem chega”, explica a decoradora Walkiria Nossol, reconhecida em Curitiba por projetos que aliam estética e conforto afetivo.

Sofás sinuosos transformam salas em cenários de convivência mais espontânea, enquanto poltronas com encostos envolventes quase abraçam quem se senta. Já as mesas de centro de contornos delicados guiam os olhares com leveza. “As linhas curvas quebram a monotonia e trazem um movimento natural e convidativo. Elas suavizam o ambiente e o tornam mais acolhedor e humano”, reforça a profissional.

Texturas que diminuem o ritmo

Não são apenas as formas que importam. A materialidade dos objetos e superfícies também carrega um papel fundamental nessa nova forma de morar. Tecidos como bouclé e veludo aparecem com força total, seja em estofados, almofadas ou cortinas, convidando ao toque e ao relaxamento. A madeira natural se une às pedras brutas e linhos rústicos, formando composições que evocam natureza, memória e afeto.

“A escolha dos materiais é como montar um grande moodboard: a madeira aquece, o linho respira e o bouclé abraça. A ideia é criar um ambiente que nos envolva por completo, que nos traga calmaria e que estimule o relaxamento ao final do dia”, acrescenta Walkiria.

Reforma sem trauma: a logística do bem-estar

Esse cuidado com a sensação e o acolhimento também precisa estar presente no processo da obra, e é aí que muitos pecam. Um ambiente pensado para abraçar pode ser rapidamente comprometido se, durante a reforma, o básico não for devidamente protegido. “Não adianta investir em um mobiliário incrível e em acabamentos sofisticados se o piso for arranhado, manchado ou danificado no meio do caminho, por exemplo. Isso gera frustração, custo extra e quebra por completo a expectativa do cliente”, pontua Walkiria.

Por isso, em seus projetos, a profissional adotou um novo protocolo: proteger a base antes de qualquer intervenção. “Entre os materiais que gosto de utilizar, a Proteforte se destaca, pois apresenta um sistema de proteção de alta resistência feito com papel-cartão reciclado, desenvolvido pela indústria Hörlle. Sustentável, impermeável e extremamente resistente, ele atua como um escudo discreto, porém essencial, contra os riscos mais comuns de uma obra, como queda de ferramentas, respingos de tinta e tráfego intenso da equipe”, Walkiria ressalta.

O custo desse material, por exemplo, representa menos de 1% do orçamento total, mas pode evitar prejuízos que ultrapassam os 10% em casos de retrabalho. “Com o piso protegido, a equipe pode trabalhar com mais liberdade e segurança, e o cliente chega ao final da obra apenas para sentir o abraço do ambiente pronto”, resume a decoradora.

Onde estamos e para onde vamos

O cenário aponta com clareza para esse novo perfil de moradia. O consumidor brasileiro está disposto a investir mais em ergonomia, bem-estar e sensações. A estética se tornou ferramenta de um propósito maior: viver melhor. E isso passa por escolhas que unem funcionalidade, emoção e consciência.

“Formas curvas, materiais naturais e soluções sustentáveis não são apenas tendências, mas sim, são reflexos de um desejo coletivo de viver com mais presença, equilíbrio e verdade”, conclui Walkiria. Neste ano, o lar brasileiro não quer apenas impressionar, ele quer acolher, proteger e fazer sentir.

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