A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está investigando o incêndio que destruiu um terreiro de candomblé em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu na noite de domingo (9). Segundo relatos, a casa estava vazia no momento das chamas, e foram os vizinhos e frequentadores que alertaram a responsável pelo local sobre o fogo. Eles agiram rapidamente para conter as chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros.
A ialorixá Neila de Oyá, responsável pelo terreiro, lamentou a perda de todos os utensílios e objetos sagrados no incêndio. Ela acredita que se trata de um caso de intolerância religiosa, destacando que a casa estava fechada desde a sexta-feira de carnaval. Neila de Oyá descreveu os danos causados, destacando que a geladeira, fogão, sofá, freezer e parte do teto foram afetados, indicando que o incêndio foi provocado em específicos pontos da casa.
Neila de Oyá ressaltou a suspeita de que a motivação por trás do incêndio seja o ódio religioso, citando a preservação dos botijões de gás e da fiação da casa. A Decradi informou que representantes do terreiro já prestaram depoimento e que as equipes estão empenhadas em identificar os responsáveis pelo ato. A polícia trabalha para esclarecer as circunstâncias do incêndio e garantir justiça diante do caso de intolerância religiosa.
Os vizinhos e frequentadores que auxiliaram no combate às chamas foram fundamentais para minimizar os danos ao terreiro de candomblé. As imagens da solidariedade e cooperação entre a comunidade evidenciam a importância da união em momentos de crise. A repercussão do incêndio reforçou a necessidade de combater a intolerância religiosa e promover o respeito às diversas manifestações de fé no país.
A atuação da polícia e das autoridades competentes na investigação do incêndio é crucial para garantir a segurança da comunidade religiosa e coibir atos de violência e discriminação. A sociedade civil e as instituições devem unir esforços para promover a harmonia entre diferentes crenças e impedir a propagação do ódio. A solidariedade e a empatia são valores essenciais para construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde a liberdade religiosa seja respeitada e protegida.