Decreto: Rogério Cruz confirma adoção de escalonamento em Goiânia

Na tarde desta quinta-feira, 25, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, se reuniu com representantes do Fórum das Entidades Empresariais do Estado de Goiás, no Paço Municipal, para discutir sobre as novas medidas que serão implementadas na capital a partir da próxima segunda-feira, 25.

Foram apresentados, durante o encontro, os dados epidemiológicos e as ações já executadas pela gestão municipal, assim como foram ouvidas as propostas do setor produtivo. As novas medidas serão divulgadas nesta sexta-feira.

Cruz apresentou ao Fórum das Entidades Empresariais a proposta de Rodízio Modular de Atividades, que será implantado em Goiânia a partir da próxima semana. O plano está em elaboração e leva em consideração a situação sócioeconômico-sanitária, a compreensão das atividades predominantes por bairro, a divisão da cidade em seis módulos e o fechamento em determinados dias da semana, modelo similar ao escalonamento em Aparecida de Goiânia.

“Vamos manter restrições e flexibilizar algumas atividades, porém, como a cidade será dividida em módulos, acredito que conseguimos chegar em um ponto consensual entre todos”, declarou o prefeito Rogério Cruz. 

O prefeito ainda explicou que os decretos de restrições já perduram por 28 dias em Goiânia e que a gestão municipal precisa ser  ser sensível a todas as situações. “Hoje, nós ainda estamos vivenciando o pico da pandemia, mas ele mostra estabilização e, por isso, nós definimos que, a partir de segunda-feira, passa a valer um novo decreto, que dará sustentabilidade à economia da nossa cidade”

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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