Defesa Civil vistoriou casa que desabou em BH há dois anos: estrutura apresentava danos graves. Proprietários foram alertados.

Casa que desabou em BH foi vistoriada há dois anos pela Defesa Civil e apresentou danos na estrutura

De acordo com o órgão municipal, duas casas foram vistoriadas no lote em julho de 2022. No imóvel de dois andares, a Defesa Civil identificou “trincas, rachaduras e infiltrações de longa data”.

Destroços da casa que desabou no bairro Paraíso, Região Leste de BH — Foto: Thiago Phillip / TV Globo

A Defesa Civil de Belo Horizonte afirmou que, há cerca de dois anos, realizou uma vistoria nas casas do endereço onde aconteceu o desabamento que matou três idosas neste sábado (28), no bairro Paraíso, Região Leste da cidade.

De acordo com o órgão municipal, no dia 16 de julho de 2022, aconteceu uma vistoria de risco em duas residências do lote da Rua Isaura Possidônio.

“No imóvel frontal, com dois pavimentos, foi constatada a ausência de manutenção preventiva. Foram identificadas trincas, rachaduras e infiltrações de longa data. No pavimento superior, verificaram-se infiltrações intensas na laje, deterioração de tijolos e ferragens expostas. Durante a vistoria, a moradora informou a existência de uma antiga cisterna próxima ao imóvel, coincidindo com as áreas de maior comprometimento estrutural”, diz a nota da Defesa Civil.

Já na residência dos fundos, a vistoria também constatou trincas e infiltrações, além de ferragens expostas nas paredes, vigas e na laje e canalizações de água direcionada para a encosta.

Ainda segundo a Defesa Civil, a responsabilidade de manutenção, conservação e fechamento do imóvel seria dos proprietários, que foram orientados (confira a nota completa no final do texto).

Idosas soterradas

Rabecão da Polícia Civil chega no local para retirar os corpos das vítimas soterradas no bairro Paraíso, em BH — Foto: Thiago Phillip / TV Globo

Três mulheres morreram soterradas após o desabamento de uma casa na tarde deste sábado (28) no bairro Paraíso, Região Leste de Belo Horizonte.

As vítimas tinham 80, 70 e 60 anos. O incidente aconteceu na Rua Isaura Possidônio, o mesmo local vistoriado pela Defesa Civil em 2022. De acordo com os militares, a residência tinha dois andares.

As primeiras vítimas encontradas foram as mulheres de 80 e 60 anos. No fim da tarde, os militares retiraram o terceiro corpo.

Durante as buscas, a chuva forte na localidade chegou a interromper os trabalhos dos agentes. Em pouco mais de uma hora, choveu 11,2 milímetros na regional.

Confira a nota completa da Defesa Civil de Belo Horizonte:

A Defesa Civil realizou, no dia 16 de julho de 2022, uma vistoria de risco no imóvel situado na Rua Isaura Possidônio, nº 47, no bairro Paraíso. A inspeção abrangeu dois imóveis multifamiliares localizados no lote.

No imóvel frontal, com dois pavimentos, foi constatada a ausência de manutenção preventiva. Foram identificadas trincas, rachaduras e infiltrações de longa data. No pavimento superior, verificaram-se infiltrações intensas na laje, deterioração de tijolos e ferragens expostas. Durante a vistoria, a moradora informou a existência de uma antiga cisterna próxima ao imóvel, coincidindo com as áreas de maior comprometimento estrutural.

No imóvel situado aos fundos, foram constatadas trincas, infiltrações e ferragens expostas em lajes, vigas e paredes. Também foram detectadas rupturas em canalizações de águas servidas, inadequadamente direcionadas para a encosta.

Com base nas condições observadas, concluiu-se que eram necessárias intervenções técnicas urgentes para assegurar a estabilidade das estruturas e prevenir riscos iminentes de desabamento.

A responsabilidade, manutenção, estabilidade, conservação, fechamento, segurança e salubridade do imóvel, conforme artigo 8º da Lei Nº 9725, é do proprietário.

Após a vistoria de risco, foi elaborada uma notificação que orienta o responsável do imóvel de suas obrigações e responsabilidades, como providenciar um profissional técnico habilitado para promover a mitigação do risco e recuperação do local, incluindo o isolamento das áreas afetadas e o monitoramento constante dos danos garantindo a segurança dos ocupantes.

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Tempestade causa transtornos em Ijaci: pontes caíram e festa do Réveillon foi cancelada.

Tempestade que atingiu Ijaci na virada do ano ainda causa transtornos para os moradores 72 horas depois. Pontes caíram na zona rural e equipamentos do Réveillon ficaram danificados, cancelando a festa.

Os estragos causados pela tempestade que atingiu Ijaci (MG) na virada do ano chegaram a deixar moradores sem acesso à cidade e ainda causam transtornos três dias depois. Segundo as estações vizinhas, os volumes de chuva variaram entre 50 e 68 milímetros.

O temporal durou mais de sete horas e foi assustador. O palco montado na praça de Jaci para o Réveillon ficou destruído. Os equipamentos que seriam usados na festa molharam. O show precisou ser remarcado pela prefeitura.

“Muita chuva, muito vento, o material estragou, o som estragou e a gente resolveu remarcar o show em julho, na festa do peão”, disse o prefeito de Ijaci, Nelson Mesquita Galvino (PSD).

Segundo os moradores, o volume de chuva foi tão grande que as ruas ficaram alagadas. Na zona rural são muitos os estragos. Algumas pontes vão precisar de reparos. São cerca de 120 quilômetros de estradas rurais e muitos trechos ficaram danificados.

O morador Bernardino da Silva Ramos relatou que não via uma chuva tão forte há 45 anos. “No outro dia, sempre que eu fui tirar o lixo que eu estive lá, vi que estava clarinho. Quando vim olhar novamente, vi a ponte caída, meu capim que tombou tudo. Dá medo mesmo”, contou Bernardino.

Com a queda de pontes, os moradores ficaram sem acesso à estrada principal, tendo que dar uma volta de aproximadamente 2 quilômetros. A Secretaria de Obras estima que a nova ponte deva ficar pronta em até 8 meses.

O especialista em meteorologia explicou que os níveis de chuva ultrapassaram os 30 milímetros. “A chuva avançou sobre Ijaci de maneira significativa e acima de 30 milímetros de chuva em um curto espaço de tempo. É muita chuva em um curto período”, disse o meteorologista Guilherme Borges.

A equipe da Secretaria de Obras de Ijaci está trabalhando para garantir o acesso dos moradores afetados pela queda da ponte. Enquanto isso, a população aguarda as obras para facilitar a locomoção na região. Para mais notícias da região, acesse o Diário do Estado.

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