Defesa da família de Marília Mendonça se pronuncia sobre condenação

“Que sirva de lição àqueles que imaginam ter imunidade para os crimes cometidos na internet. P.S: ainda não acabou… Vamos continuar indo atrás de cada um que divulgou esse material”. O desabafo foi do advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha, se pronunciou no stories do Instagram nesta sexta-feira, 29, a respeito da condenação de André Felipe de Souza Pereira.

O réu está preso desde 7 de abril. Condenado a 10 anos e 3 meses de prisão, André Felipe de Souza Alves Pereira foi o responsável por vazar fotos da autópsia de Marília Mendonça e de Gabriel Diniz. Na decisão, o juiz Max Abrahao Alves de Souza afirmou que o réu agiu com o objetivo de “humilhar e ultrajar” os artistas.

Além do crime de vilipêndio, ele é acusado de outros crimes, relacionados a postagens nas redes sociais, como ameaças de ataques a escolas, divulgação de símbolos e nomes relacionados ao nazismo — no perfil criado por ele a imagem era de “uma cruz suástica/gamada no braço de um indivíduo de uniforme militar” — e incentivo a ataques a nordestinos e estrangeiros.

Marília Mendonça faleceu no dia 05 de novembro de 2021, devido a um acidente de avião, em Minas Gerais. A aeronave saiu de Goiânia no dia 5, com destino a Caratinga, onde a cantora teria um show a noite. Além de Marília Mendonça, o acidente vitimou o produtor Henrique Ribeiro, o assessor Abicieli Silveira Dias Filho e também o piloto e co-piloto do avião.

Gabriel Diniz, aos 28 anos, morreu após o avião em que ele estava, cair a caminho de Maceió, onde ia visitar a namorada. O cantor conquistou o país com o hit Jennifer, sucesso no carnaval 2019. Ele também consagrou as canções: Teus Olhos, Paraquedas e Acabou Acabou (com participação de Wesley Safadão).

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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