Defesa de Bolsonaro pede afastamento de Moraes por impedimento

Defesa de Bolsonaro faz novo pedido para declarar Moraes impedido

Defesa afirma que presença de Moraes na relatoria de caso que investiga tentativa de golpe viola princípio da imparcialidade

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Alexandre de Moraes seja declarado impedido para julgar processos relacionados a uma suposta tentativa de golpe de Estado, ocorrida no final de 2022.

A petição pede que o impedimento de Moraes seja reconhecido por ele se reconhecer como vítima dos fatos em apuração, “o que macula irremediavelmente a imparcialidade, o sistema acusatório e o devido processo legal”. Os advogados de Bolsonaro ainda afirmam que a presença do ministro na relatoria do caso é uma afronta ao princípio da imparcialidade.

Além disso, advogados de Bolsonaro pedem que todos os atos de Moraes sejam anulados, incluindo decisões.

No início do ano, a defesa do ex-presidente já havia apresentado um pedido semelhante contra Alexandre de Moraes. A solicitação para afastar o ministro da investigação sobre a tentativa de golpe em 2022, no entanto, foi negada pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.

Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciados pela PF no último dia 21 de novembro pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A trama, que tinha como objetivo impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluía planos de assassinatos contra o atual presidente do Brasil, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações da PF, Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” na trama golpista. O ex-presidente, derrotado por Lula nas urnas em 2022, nega as acusações.

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PT e Centrão dividem relatorias do pacote de corte de gastos na Câmara

PT e Centrão devem dividir relatorias do pacote de corte de gastos

Deputados do PT e do Centrão devem dividir as relatorias da PEC e do
Projeto de Lei Complementar que compõem o pacote de corte de gastos.

A relatoria do pacote de corte de gastos, enviado pelo governo Lula para sinalizar o cumprimento do arcabouço fiscal, deve ser dividido entre deputados do DE na Câmara.

O pacote foi dividido pelo Palácio do Planalto em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei Complementar (PLP), ambos protocolados na Câmara nos últimos dias.

Segundo apurou a coluna, a PEC, que trata das novas regras para o abono salarial, deve ter um petista como relator. O mais cotado é o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA).

O parlamentar maranhense é membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e foi o autor do projeto que tratou da transparência para o pagamento das emendas parlamentares.

Já o Projeto de Lei Complementar, que altera as regras do arcabouço fiscal e foi protocolado pelo líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), deve ser relatado por um deputado do DE.

Segundo lideranças petistas, os mais cotados são deputados já ligados a pautas econômicas. Entre eles, Aguinaldo Ribeiro (PB) e Cláudio Cajado (BA), ambos do Progressistas, partido de Arthur Lira (AL).

Por enquanto, o maior entrave para a tramitação do pacote são os votos. Há partidos insatisfeitos com a decisão do ministro do STF Flávio Dino que liberou o pagamento das emendas, mas com restrições.

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