A defesa de Bolsonaro comunicou ao ministro Moraes que não existem dúvidas quanto à autenticidade do e-mail de convite para a posse de Trump. Neste sentido, os advogados do ex-presidente responderam à solicitação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para o envio de mais documentos que comprovem o convite oficial do presidente eleito dos Estados Unidos. Esse convite é destinado a Bolsonaro, e a cerimônia de posse está marcada para o dia 20 de janeiro.
Na peça apresentada, os advogados incluíram uma cópia do mesmo convite que foi enviado a Eduardo Bolsonaro, com a tradução do endereço de envio do domínio “t47inaugural.com”. Argumentaram que esse endereço é oficial do Comitê Inaugural Presidencial de Donald J. Trump e JD Vance. Além disso, explicaram que é prática comum nos eventos inaugurais presidenciais nos Estados Unidos a utilização de domínios temporários para o envio de convites via e-mail.
O contexto que levou a essa situação foi a apreensão do passaporte de Bolsonaro pela Polícia Federal em uma investigação sobre suposta tentativa de golpe. Desde fevereiro de 2024, ele está impedido de sair do país. Diante disso, a defesa solicitou ao STF a liberação do passaporte para que Bolsonaro possa comparecer à posse de Donald Trump. No entanto, Moraes questionou o convite enviado pela defesa, alegando falta de documentação adequada.
Os advogados, por sua vez, reiteraram a veracidade do e-mail de convite, destacando que o endereço utilizado é oficial e que as informações são consistentes. Segundo eles, nos EUA, a boa-fé do declarante é valorizada, e a apresentação de falsidades pode resultar em consequências severas. Além disso, a defesa ressaltou que a cerimônia de posse está prevista para ocorrer entre os dias 18 e 21 de janeiro de 2025, com a posse em si agendada para o dia 20 de janeiro.
Agora, o ministro do STF pediu a apresentação de documentos adicionais que comprovem o convite mencionado na petição. Após a complementação necessária, determinou ainda que a Procuradoria-Geral da República seja consultada para se manifestar sobre o caso. Dessa forma, a questão segue em análise para determinar se Bolsonaro terá permissão para viajar para a posse de Trump nos Estados Unidos. É importante destacar que a defesa continua enfatizando a veracidade e a legitimidade do convite recebido.