Defesa de Daniel Silveira classifica prisão como “tortura” e “arbitrária”

Após a decisão de Alexandre de Moraes em manter a prisão de Daniel Silveira, a defesa do ex-deputado classificou a ação como “tortura, medida desproporcional, arbitrária, ilegal e irracional”. A defesa de Silveira considerou a manutenção da prisão como uma medida que ultrapassa os limites da legalidade e justiça.

Silveira foi preso novamente na madrugada desta véspera de Natal, dias após ter sido colocado em liberdade condicional. O motivo foi o descumprimento do toque de recolher estipulado para sua liberdade condicional. Ao ultrapassar o horário limite estipulado, o ex-deputado acabou retornando à prisão.

No último sábado, Silveira deixou o hospital em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e chegou em sua residência fora do horário estipulado, o que resultou na sua prisão. A defesa declarou que irá denunciar o Estado brasileiro por práticas de tortura, alegando que o “Estado de Exceção” liderado por Moraes está implementando ações desumanas.

Moraes decidiu manter a prisão de Silveira após uma audiência de custódia realizada na presença de seu advogado e esposa. A decisão foi tomada com base nas violações repetidas cometidas pelo ex-deputado e na necessidade de garantir o cumprimento da lei.

Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Após receber o direito de progredir para o regime semiaberto, o ex-deputado foi novamente preso por desrespeitar as condições da liberdade condicional.

O histórico de confrontos de Silveira com a Justiça inclui a concessão de um indulto presidencial por Bolsonaro, posteriormente anulado pelo Supremo. Após mais violações, sua pena original foi restabelecida, e ele voltou a cumprir regime fechado.

Em outubro deste ano, Silveira teve sua pena progredida para o regime semiaberto, mas acabou reincidindo em desrespeito às regras impostas. A decisão de manter a prisão de Silveira foi embasada em laudos psicológicos que indicaram falta de reconhecimento de erros e agressividade do ex-deputado.

A prisão de Silveira nesta semana é mais um capítulo na turbulenta relação de Daniel com a Justiça. As repetidas violações cometidas pelo ex-deputado demonstram a necessidade de manter a sua prisão para garantir o cumprimento da lei.

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PL e Republicanos lideram novas filiações em SP. Quem perdeu espaço? Confira!

Em DE, PL e Republicanos lideram novas filiações. Veja quem perdeu

Partidos de Bolsonaro e Tarcísio, PL e Republicanos são os que mais ganharam
filiações entre as eleições de 2022 e de 2024

São Paulo – Entre as eleições de 2022 e 2024, PL e Republicanos, dois dos partidos mais à direita
no espectro político, lideraram a quantidade de novas filiações no estado de São
Paulo. Em contrapartida, partidos
mais ao centro reduziram de tamanho no mesmo período.

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL foi quem mais cresceu quantitativamente no intervalo entre as eleições, com 18,4 mil novos filiados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de novembro deste ano.

O crescimento do PL também ocorreu nas urnas, com o partido elegendo 104
prefeitos em todo o estado, sendo a 2ª sigla de maior comando nas cidades paulistas.

Na sequência, aparece o Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, com 96,5 mil filiados em
2024 – 14,2 mil a mais do que há dois anos. O partido elegeu 82 prefeitos e é o
3º que mais venceu disputas de prefeituras em São Paulo.

O terceiro partido que mais ganhou filiados em dois anos é o PSD de Gilberto
Kassab, secretário de Governo da gestão Tarcísio. Com 63 mil filiados, 12,2 mil em dois anos,
proporcionalmente o PSD cresceu mais do que PL e Republicanos. Além disso, o
partido é o que mais elegeu prefeitos pelo interior e a partir de 2025 comandará 205 prefeituras.

Segundo maior partido do estado, o PT, com 370 mil filiados, teve um crescimento tímido de apenas 229 novos membros e
manterá o comando de apenas 4 prefeituras no próximo ano.

Parte do crescimento do PSD, que em 2020 conseguiu eleger 66 prefeitos, se deve
à absorção do espólio do PSDB, líder na redução de filiados no intervalo observado. Em dois anos, o partido
perdeu 16,4 mil quadros e hoje tem 273 mil membros em São Paulo, seu berço político.

A desidratação do PSDB teve início em 2022, quando o partido perdeu o comando do
estado que governou por 28 anos seguidos. Ao fim daquele ano, a sigla contava
com 238 prefeitos, muitos deles filiados no mesmo ano para endossar a reeleição
de Rodrigo Garcia ao governo. Já em 2024, em meio a uma série de disputas internas, os tucanos
elegeram apenas 21 prefeitos.

Partido com a maior quantidade de filiados no estado, o MDB, do prefeito paulistano Ricardo Nunes, foi o segundo que mais perdeu
membros. Hoje com 409 mil filiações, a sigla perdeu 13,4 mil quadros em dois
anos. Apesar disso, conseguiu eleger 67 prefeitos, 9 a mais do que em 2020.

O DE não levou em consideração o crescimento de partidos que absorveram
outros, como é o caso do Podemos, que incorporou o PSC em 2023.

Confira abaixo os desempenhos dos partidos em quantidade de filiações em São
Paulo desde 2022:

– MDB: 409 mil filiados (reduziu 3%)
– PT: 370 mil filiados (cresceu 0,06%)
– PRD: 347 mil filiados (criado em 2023, oriundo da fusão do PTB com o
Patriota)
– PSDB: 273,9 mil filiados (reduziu 5%)
– PP: 181,9 mil filiados (reduziu 0,2%)
– PL: 159 mil filiados (cresceu 13%)
– União: 138 mil filiados (cresceu 1,2%)
– PDT: 133 mil filiados (reduziu 3%)
– Podemos: 128 mil filiados (incorporou PSC em 2023)
– PSB: 115 mil filiados (cresceu 2%)
– Republicanos: 96,5 mil filiados (cresceu 17%)
– PSD: 63 mil filiados (cresceu 24%)
– PSol: 54,5 mil filiados (cresceu 23%)
– Novo: 13,9 mil filiados (cresceu 49%)

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