A defesa do delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Marcelo Marinho de Noronha, preso em flagrante por tráfico de drogas, alegou que a plantação de maconha encontrada na sexta-feira, 4, era utilizada para uso terapêutico. A plantação foi encontrada em uma chácara em São Sebastião, no Distrito Federal, e pertence à esposa do delegado.
No local, os agentes encontraram instrumentos como estufa, iluminação artificial, sementes, vasos, tesouras, balanças de precisão, documentos supostamente relacionados ao ilícito, armas e munições, inclusive de propriedade da Polícia Civil. Além do delegado, a esposa e os dois filhos foram presos.
Em depoimento, o jardineiro que trabalhava para o delegado afirmou que recebia semanalmente R$ 700 para fazer a manutenção do jardim e do cultivo das plantas de maconha em um lote. Segundo uma testemunha, os filhos do delegado, Marcos e Ana Flávia, costumavam ir à chácara pelo menos uma vez por semana e utilizavam drogas no local.
O advogado de defesa, Cleber Lopes de Oliveira, afirmou que a polícia se precipitou. “Houve uma precipitação da polícia em afirmar que o Marcelo, um delegado, estaria envolvido em esquema de tráfico. As plantas são pequenas ainda, são mudas, e muitas nem vingam. Não tem nenhum elemento que prove a participação do Marcelo na prática de tráfico”, afirmou o advogado. A defesa vai entrar com o pedido de habeas corpus.