Última atualização 16/10/2024 | 18:51
A influenciadora digital Deolane Bezerra Santos está no centro de uma controvérsia jurídica após ser convocada a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado. Sua defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar este depoimento, levantando várias questões sobre o processo e as acusações envolvidas.
Deolane Bezerra Santos é acusada de criar um site de apostas para lavar dinheiro de jogos ilegais. As investigações, parte da Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, apontam que ela faz parte de uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar. Em setembro deste ano, Deolane foi presa, mas posteriormente solta após um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), e atualmente responde às acusações em liberdade.
A defesa de Deolane entrou com um habeas corpus no STF para desobrigar a influenciadora de depor na CPI. Caso o pedido não seja atendido, os advogados solicitaram que seja garantido o direito ao silêncio de Deolane. O relator do caso é o ministro André Mendonça. A defesa argumenta que o depoimento poderia comprometer os direitos da influenciadora.
Além de Deolane, outras personalidades também estão sob investigação. O cantor sertanejo Gusttavo Lima é citado nas investigações como sócio de um site de apostas alvo do processo, enquanto o jogador de futebol Lucas Paquetá, do West Ham, é investigado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA) por tentar manipular resultados de apostas. Todos os envolvidos negam as acusações.
A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas tem como objetivo investigar esquemas de lavagem de dinheiro e manipulação de resultados esportivos. O depoimento de Deolane e outras personalidades é crucial para entender a extensão desses esquemas e identificar responsabilidades. A CPI, presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), planeja realizar o depoimento de Deolane no dia 30 de outubro, a menos que o STF atenda ao pedido da defesa.