Defesa de Lula apresenta novo recurso ao STF pedindo liberdade do petista

Os advogados do ex-presidente pedem que o novo recurso seja distribuído a um integrante da 2ª Turma, excluindo o ministro Fachin

A defesa do ex-presidente Lula apresentou nesta quinta-feira (28) novo recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo a liberdade do petista. Os advogados contestam a decisão do ministro Edson Fachin que levou ao plenário um recurso que deveria ser julgado na segunda Turma da Corte, de acordo com a defesa de Lula.

Além de Fachin e Celso De Mello, o colegiado é composto por Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, que na última terça-feira (26) votaram pela soltura do ex-ministro José Dirceu. A defesa de Lula acredita ter mais chances de tirar o ex-presidente da cadeia em julgamento no colegiado. O plenário já negou habeas corpus ao petista em abril.

Os advogados do ex-presidente pedem que o novo recurso seja distribuído a um integrante da 2ª Turma, excluindo o ministro Fachin.

Lula foi condenado na Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Está preso desde 7 de abril. A defesa apresentou recursos aos tribunais superiores, solicitando a redução da pena e a anulação da condenação, por considerar que o juiz Sérgio Moro não era a autoridade competente para julgar o ex-presidente.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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