Defesa de neurocirurgião se pronuncia após denúncia de suposto erro que deixou paciente com sequelas permanentes em Goiânia

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A defesa do neurocirurgião Dr. Tiago Vinícius Silva Fernandes pronunciou-se na última quarta-feira, 11, após a divulgação de uma denúncia envolvendo um suposto erro médico que resultou em sequelas permanentes em um paciente atendido pelo plano de saúde Hapvida, em Goiânia. A afirmação vem em meio a questionamentos sobre as circunstâncias do procedimento e possíveis falhas médicas.

Segundo o relato do paciente, Márcio Lima, ele teve acompanhamento pelo plano HAPVIDA e sua cirurgia foi realizada no Hospital Jardim América, na capital goiana, para tratar de uma degeneração óssea e estenose medular lombar. De acordo com o paciente, durante a cirurgia foram colocados oito pinos na coluna, dos quais todos estavam soltos e alguns mal posicionados. Um deles, afirma o Márcio, atingiu um nervo entre L-5 e S1 causando sequelas irreversíveis na perna esquerda — uma condição conhecida como “pé caído”, que compromete sua mobilidade.

Até o momento, não há laudos médicos oficiais ou perícias divulgados. O portal buscou falar com o médico. Quem respondeu foi sua assessoria jurídica.

“Todas as condutas adotadas durante o procedimento cirúrgico foram realizadas em estrita observância às normas técnicas e éticas da medicina, seguindo os protocolos clínicos indicados para o caso”, afirmou a nota.

A defesa também destacou que, até o momento, não há qualquer registro técnico ou perícia que indique a ocorrência de erro médico, qualificando as alegações de Márcio como infundadas: “As alegações são desprovidas de fundamento objetivo e não encontram respaldo nos registros médicos nem na conduta profissional adotada.”

NOVA CIRURGIA E CONSEQUÊNCIAS

Márcio relata que recebeu alta médica com apenas 18 horas após a cirurgia, sem acompanhamento adequado, e permaneceu 23 dias sem assistência alguma do médico. Sem resolução do problema, precisou passar por uma segunda cirurgia, custeada por ele próprio, em outro hospital, cujo valor foi de R$ 140 mil. Um laudo médico da nova cirurgia, aponta que a primeira intervenção foi mal conduzida, ocasionando a sequela conhecida como “pé caído”, que prejudica a mobilidade do pé e da perna esquerda.

O plano relatou que o médico foi desligado do plano Hapvida. O Portal Goiás Notícia questionou a motivação da exoneração, bem como se houve outros registros de complicações graves, como óbitos ou sequelas de pacientes, contudo, a assessoria jurídica do profissional não respondeu às consultas.

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