Defesa pede transferência de jovem que arrancou olho do avô para ‘presídio dos famosos’ após ameaças

Defesa de jovem que arrancou olho do avô pede a transferência dele para
‘presídio dos famosos’ após ameaças

Hariel Borges da Silva, de 18 anos, estava detido no CDP de São Vicente (SP). A
defesa dele pediu a transferência para o ‘presídio dos famosos’, como é
conhecida a Penitenciária 2 de Tremembé (SP).

Idoso de 77 anos é esfaqueado por neto e tem rosto desfigurado

Os advogados de Hariel Borges da Silva, o jovem de 18 anos preso após arrancar o
olho do avô e tentar matá-lo, pediram a transferência dele, detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de
São Vicente, no litoral de São Paulo, para a Penitenciária 2 de Tremembé (SP),
também conhecida como ‘presídio dos famosos’. Segundo a defesa, ele sofreu
ameaças de outros detentos pela notoriedade do crime.

O jovem foi preso após atacar Oswaldi da Silva, de 77 anos, dentro do próprio
apartamento, na Rua Frei Francisco Sampaio, no bairro Aparecida, em Santos (SP),
em 24 de julho. O idoso
foi internado na Santa Casa da cidade e recebeu alta após mais de 10 dias
hospitalizado.

Conforme apurado pelo DE, a Justiça deferiu o pedido de transferência de Hariel.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), porém, determinou que ele
deve cumprir a pena no CDP de Guarulhos (SP). Ainda assim, os advogados David
Mandelbaum e Renan Lourenço Gomes, que representam o jovem, trabalham para o
encaminhamento dele à Penitenciária 2 de Tremembé (SP).

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Os profissionais citaram o ‘presídio dos famosos’ como o local ideal para Hariel
cumprir a pena. A penitenciária ganhou a alcunha por já ter recebido detentos de
casos de repercussão, como Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha
Isabella. O ex-jogador Robinho também está detido no local.

“Nesse sentido, a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, mais
conhecida como ‘Penitenciária II de Tremembé’, surge como a opção ideal, dado
que se localiza em comarca distante do local dos supostos fatos, além de ser um
estabelecimento que historicamente abriga uma grande quantidade de presos
provisórios envolvidos em casos midiáticos”, afirmou a defesa.

DECISÃO DA JUSTIÇA

O juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri e Execuções, deferiu que Hariel seja
transferido de unidade mediante concordância do Ministério Público de São Paulo
(MP-SP). “Vez que o acusado está sendo ameaçado em virtude da grande repercussão
do delito ocorrido”, declarou.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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