Defesa promete recorrer: Bruno Henrique é réu em fraude de apostas esportivas

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Bruno Henrique réu: defesa diz que vai recorrer e que jogador ‘jamais tomou parte em esquema’

Juiz do DF tornou atacante e irmão réus por fraude em apostas esportivas, mas rejeitou outros trechos da denúncia. Ainda não há data para julgamento.

Caso Bruno Henrique: Entenda investigação

Caso Bruno Henrique: Entenda investigação

A defesa do jogador Bruno Henrique afirmou, em nota enviada ao DE, que vai recorrer da decisão da Justiça do Distrito Federal que tornou o jogador do Flamengo réu por fraude em apostas esportivas.

> “O Poder Judiciário rejeitou quase que a integralidade da denúncia formulada pelo Ministério Público. A parte que remanesce será prontamente esclarecida, de modo a ensejar o arquivamento”, diz a defesa.

O escritório de advocacia disse ainda que Bruno Henrique “segue confiando na Justiça, enquanto mantém foco e dedicação total à vida de atleta de futebol, certo de que jamais tomou parte em qualquer esquema de apostas esportivas”.

⚽ A acusação é de que Bruno Henrique teria forçado um cartão amarelo durante uma partida disputada contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para favorecer apostadores.

O irmão dele, Wander Nunes Pinto Júnior, também virou réu no processo. Segundo o MP, ele teria intermediado a negociação e repassado informações privilegiadas sobre o jogo.

MPDFT QUER QUE BRUNO E MAIS OITO RESPONDAM POR ESTELIONATO

A decisão foi tomada na sexta-feira (25), quando o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, aceitou parte da denúncia do Ministério Público do DF.

O magistrado rejeitou a acusação de estelionato contra Bruno, Wander e outros sete suspeitos. As vítimas, nesse caso, seriam as próprias bets.

O MPDFT informou que também vai recorrer da decisão judicial para que os nove denunciados virem réus por estelionato, conforme aponta a denúncia. O recurso deve ser analisado pelo próprio juiz Fernando Barbagalo.

Ainda não há data prevista para que o caso vá a julgamento.

MEDIDAS CAUTELARES TAMBÉM FORAM NEGADAS

Além de rejeitar a denúncia por estelionato, o juiz do DF também negou o pedido do MP para decretar medidas cautelares, como aplicação de fiança de R$ 2 milhões, proibição de criar contas em plataformas de apostas, veto a apostas diretas ou indiretas e suspensão de contratos de publicidade com casas de apostas.

O juiz entendeu que faltou uma condição legal para o prosseguimento da denúncia por estelionato: a representação formal das vítimas — neste caso, as próprias casas de apostas.

O DE tenta confirmar se o Ministério Público do DF também pedirá a reconsideração dessa análise.

Quando forem citados formalmente, Bruno e Wander terão 10 dias para apresentar defesa.

NOVE DENUNCIADOS

De acordo com a investigação, Bruno Henrique teria avisado previamente ao irmão, Wander Nunes Pinto, que provocaria intencionalmente um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos.

Com a informação privilegiada, Wander teria instigado o irmão a levar o plano adiante e repassado a informação a outras pessoas, para que também apostassem em diversas plataformas.

O volume elevado e suspeito de apostas levou as casas a bloquearem os pagamentos.

A denúncia do MPDFT inclui os crimes de fraude a resultado ou evento esportivo e estelionato praticado contra as empresas operadoras.

Veja abaixo quem são os denunciados e o papel de cada um no esquema, segundo o Ministério Público do Distrito Federal.

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