Deficiência de Vitamina D: Risco de Lentidão na Caminhada Após os 60 Anos

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A falta de vitamina D pode aumentar em 22% o risco de lentidão na caminhada na velhice, conforme revela um estudo realizado na Universidade Federal da DE São Carlos (UFSCar) em colaboração com a University College London, no Reino Unido.

Os pesquisadores analisaram dados de 2.815 indivíduos com 60 anos de idade ou mais, que participam do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA), um estudo de saúde na Inglaterra. Foram inicialmente selecionadas pessoas que não apresentavam problemas relacionados à velocidade da marcha. Os níveis de vitamina D no sangue foram medidos no início do estudo e a velocidade de caminhada foi reavaliada ao longo de seis anos, permitindo a correlação da redução da velocidade de marcha com a condição de suficiência, insuficiência ou deficiência de vitamina D.

Os valores de referência para a vitamina D são: suficiência (mais de 50 nanomoles por litro), insuficiência (entre 30 e 50 nmol/L) e deficiência (menos de 30 nmol/L). A pesquisa identificou um maior número de casos de lentidão entre os participantes com deficiência de vitamina D, demonstrando que aqueles com menos de 30 nanomoles por litro possuem 22% mais risco de lentidão em comparação com os que têm níveis adequados.

A lentidão na caminhada em idosos, com menos de 0,8 metro por segundo, é um indicador importante de mobilidade, associado à perda de independência e ao aumento do risco de quedas, hospitalizações, institucionalizações e morte. A deficiência de vitamina D é apontada como um fator de risco para a lentidão da caminhada, independente de outros aspectos como idade, sexo, raça, escolaridade, atividade física, tabagismo, diabetes e outras doenças.

A vitamina D desempenha um papel fundamental no sistema musculoesquelético, regulando a contração muscular e influenciando a transmissão do impulso nervoso. A carência dessa vitamina pode afetar a síntese de proteínas musculares e prejudicar a marcha pela lentidão na transmissão dos estímulos neuronais. Por isso, o monitoramento dos níveis de vitamina D é essencial para a manutenção de um envelhecimento saudável.

Além dos efeitos musculares, a vitamina D tem impacto em diversos sistemas do corpo, incluindo o imunológico, cardiorrespiratório e neurológico. Com a redução natural da vitamina D durante o envelhecimento, é fundamental acompanhar regularmente os níveis dessa substância para prevenir problemas associados à mobilidade e à saúde em geral. Portanto, a deficiência de vitamina D deve ser considerada como um alerta para possíveis dificuldades de mobilidade na velhice.

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