Déficit nas contas públicas atinge R$ 61 bi em maio, segundo pior da história para este mês

Déficit nas contas públicas atinge R$ 61 bi em maio, segundo pior da história para este mês

A liberação do 13º aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os gastos adicionais para lidar com a situação de emergência no Rio Grande do Sul resultaram em um déficit de R$ 61 bilhões nas contas do governo central em maio, conforme divulgado pelo o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, 26.

Esse é o segundo pior resultado para o mês desde que os registros começaram em 1997. O pior foi em 2020, quando o governo teve que usar recursos públicos para lidar com a pandemia de Covid-19, resultando em um rombo de R$ 165,1 bilhões.

As finanças públicas, que estavam no positivo nos primeiros quatro meses do ano, agora acumulam um déficit de R$ 30 bilhões. Em 12 meses, o governo central tem um déficit de R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estabeleceu o objetivo de atingir um déficit zero em 2024, mas a nova legislação fiscal permite um resultado negativo de até R$ 28,8 bilhões sem violar a meta. Na última revisão do Orçamento, o governo previu um déficit de R$ 27,5 bilhões, incluindo despesas extraordinárias devido à situação no Rio Grande do Sul.

Para alcançar esse resultado, é necessário obter R$ 168,3 bilhões em receitas extras a partir de medidas aprovadas pelo Congresso, algumas das quais têm tido um desempenho aquém do esperado. Por exemplo, a medida de arrecadação de R$ 55,6 bilhões proveniente de contribuintes derrotados no Carf ainda não teve adesão.

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Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

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