Última atualização 10/11/2020 | 18:14
“Bares, restaurantes, casas de festas, festas infantis e shows de toda a natureza”, é assim que Newton Pereira, presidente do Sindibares, explicou o tamanho deste setor econômico em Goiânia, que foi duramente golpeado pela pandemia do novo coronavírus. “Enfrentamos todos os tipos de problemas. Retomamos com o mercado totalmente desajustado. A pandemia provocou uma falta de conexão dos mercados, da indústria e do comércio”, contou ao Diário do Estado.
Segundo as estimativas do Sindibares, são 14 mil restaurantes, 24 mil proprietários, 40 mil funcionários empregados diretamente, e se, considerar outros trabalhadores indiretos, como “o que monta o palco, a iluminação, a decoração”, são mais 40 mil pessoas. “Só aí, já são 100 mil pessoas sem qualquer tipo de renda em 210 dias de paralização“, comentou. “Fomos salvos pela MP 936 do Governo Federal que possibilitou o repasse de algum valor para o funcionário, sem pesar tanto no bolso do empresário”, comemorou Newton.
Além do fechamento dos estabelecimentos, os problemas seguem para o setor devido ao recente aumento nos preços de produtos básicos para bares e restaurantes. “Tivemos aumentos de preços violentos: na carne, no arroz, no feijão, na soja, tomate”. O presidente do Sindibares explicou que, num cenário mais amplo, tanto a indústria, quanto o agronegócio e as commodities (produtos primários) estão “totalmente desajustados”.
O setor, tão badalado na capital goiana, está numa verdadeira sinuca de bico. “Se por um lado temos uma pressão muito grande dos fornecedores nas altas de preços, por outro lado temos esse desafio do mercado para o cliente que não consegue pagar mais do que isso porque também teve sua capacidade de compra afetada“. Os danos financeiros são inegáveis: “Nosso seguimento nessa pandemia deixou de faturar 15 bilhões de reais, ou seja, são duas vezes o orçamento do município de Goiânia para 2021″, comparou Newton Pereira.
Mas o Sindibares continua trabalhando arduamente para que a situação seja normalizada. “Estamos fazendo uma previsão que uma normalidade vai se dar mais ou menos no mês de março de 2021, que é quando vamos conseguir adequar não só a questão das restrições, mas também com relação a compras de mercadorias e fornecimento de matéria-prima para o seguimento”, arriscou o presidente do sindicato.
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