Delegacia de Atendimento à Mulher conclui inquérito de feminicídio em Guaxupé, pede justiça e proteção às vítimas

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A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Guaxupé, MG, concluiu o inquérito sobre o caso do homem que matou a companheira e fez a sobrinha dela refém por mais de 10 horas. Dário José de Almeida Júnior, de 28 anos, foi indiciado por feminicídio, extorsão mediante sequestro, tentativa de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

O crime ocorreu no fim de junho, quando Dário assassinou a esposa, Anelise de Carvalho Gomes, de 26 anos, dentro da casa onde moravam há cerca de três meses. Em seguida, manteve em cárcere privado a sobrinha da vítima, uma criança de 8 anos, por aproximadamente 10 horas. Durante o sequestro, o homem exigiu resgate em dinheiro, chegou a atirar contra a viatura da Polícia Militar e afirmou ter abusado da criança.

Após a negociação com a polícia, a menina foi libertada em bom estado de saúde e levada ao pronto-socorro da cidade. Posteriormente, Dário se entregou e foi preso em flagrante. O corpo de Anelise foi encontrado na sala da casa com marcas de tiro. A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva considerando a alta periculosidade do acusado, sua frieza e o risco de novos crimes.

A investigação da Polícia Civil foi criteriosa, com depoimentos de mais de 20 pessoas, perícias criminais e análises de documentos para reunir provas. A delegada titular destacou a gravidade dos crimes, que somados podem resultar em penas que ultrapassam 120 anos. O inquérito foi remetido ao Ministério Público para as medidas legais cabíveis.

O caso gerou forte comoção na cidade de Guaxupé, com moradores descrevendo Anelise como uma mulher dedicada e trabalhadora. O suspeito, até então sem histórico de violência, já possuía passagens anteriores por agressão, perturbação do sossego e embriaguez. Atualmente, ele permanece detido no presídio local.

A tragédia envolvendo o casal em Guaxupé ilustra a urgência em combater a violência doméstica e familiar, ressaltando a importância da denúncia e do apoio às vítimas. A comunidade local se mobilizou em busca de justiça e medidas que evitem que casos semelhantes ocorram no futuro. O Diário do Estado continuará acompanhando o desdobramento desse triste episódio e as ações em prol da proteção das mulheres e crianças da região.

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