A Delegacia de Homicídios da Capital e a 63ª DP (Japeri) conseguiram prender um suspeito de participar do crime que resultou na morte do motorista de aplicativo Vagner Santos Ferreira, de 39 anos. Ele foi alvo de disparos fatais na cabeça e, infelizmente, não resistiu mesmo após ser atendido em dois hospitais públicos. Segundo as investigações, a intenção dos criminosos era roubar o veículo da vítima para vendê-lo a traficantes locais, além de realizar transferências bancárias e subtrair mais pertences.
O suspeito identificado como Matheus Ferreira dos Santos é apontado como o responsável pelo disparo fatal que vitimou o motorista na segunda-feira. A quadrilha, que utilizou os dados de uma mulher para solicitar a corrida, abordou Vagner na região de Senador Camará, rendendo-o com armas de fogo. O crime ocorreu durante o trajeto até a Rua Nova Guiné, onde o condutor foi alvejado na Rua Júlio de Melo. Embora tenham subtraído sua carteira, o celular do profissional foi deixado intacto.
Após ser alvejado, Vagner foi encaminhado primeiro para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, devido ao seu peso superior a 140 kg, não foi possível realizar a tomografia necessária para diagnosticar a gravidade do ferimento. Transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, o motorista acabou sendo mandado de volta sem conseguir o exame e, infelizmente, veio a óbito horas depois devido à falta de atendimento.
A família de Vagner relatou que ele sempre compartilhava sua localização em corridas consideradas perigosas, mas na noite do crime, não o fez. Esta atitude levanta a possibilidade de uma emboscada sofrida pelo eletricista que atuava como motorista de aplicativo há alguns anos. Testemunhas afirmam ter visto dois homens no veículo do condutor no momento do atentado, refutando a identidade feminina cadastrada no aplicativo para a corrida.
A Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde serão notificadas acerca do caso para evitar que situações semelhantes ocorram futuramente. O secretário municipal de Saúde explicou que o atendimento prestado ao paciente seguiu os procedimentos padrão de avaliação, mas devido à complexidade do ferimento no crânio e da dificuldade de acesso, a tomografia não pôde ser realizada a tempo de salvar Vagner. Ainda assim, a investigação prossegue para identificar todos os envolvidos no crime atroz que interrompeu a vida de um trabalhador honesto.