A delegacia de homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí solicitou a prisão preventiva de quatro suspeitos ligados ao monitoramento do empresário Thiago Trigueiro Gomes, que foi executado em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, em janeiro de 2024. A investigação indica mais um crime relacionado à atuação da máfia dos cigarros. Segundo as autoridades policiais, os suspeitos são os mesmos que já estão detidos pela morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrida no Centro do Rio em fevereiro do mesmo ano.
O crime em questão aconteceu no bairro Porto da Pedra, em São Gonçalo, e é mais um episódio envolvendo a máfia dos cigarros, que tem causado uma série de homicídios em diversos estados. Os cigarros falsificados são comercializados em grande parte dos municípios do Rio, gerando violência e assassinatos como forma de pressionar comerciantes a venderem seus produtos. Desde 2022 até 2024, mais de vinte crimes graves foram atribuídos à atuação dessa máfia, incluindo tentativas de homicídio e sequestros.
A Polícia Civil, o Ministério Público e a Polícia Federal identificam Adilson Oliveira Coutinho Filho, também conhecido como Adilsinho, como sendo o responsável pela venda ilegal de cigarros no estado. Adilsinho, que também tem ligações com o jogo do bicho, é apontado como o chefe da máfia do cigarro. As investigações revelaram que a mesma quadrilha envolvida na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo também esteve por trás do assassinato de Thiago Trigueiro Gomes.
O monitoramento realizado pelos criminosos antes da execução de Thiago foi revelado através da análise do GPS do veículo utilizado. Mensagens interceptadas mostram que Ryan Patrick Barboza de Oliveira, juntamente com outros suspeitos, como Eduardo Sobreira de Moraes e Cezar Daniel Mondego de Souza, buscavam identificar quem estaria vendendo cigarros considerados “errados”. O carro utilizado para seguir as vítimas foi o mesmo usado no caso envolvendo o advogado Rodrigo Marinho Crespo.
No dia da execução, o veículo circulou nas proximidades do depósito de Thiago, momentos antes do crime ser cometido. Após os disparos que resultaram na morte da vítima, os criminosos fugiram. O relatório do GPS também revelou que o veículo passou por endereços relacionados a Eduardo Sobreira e Cezar Daniel Mondego antes de seguir para São Gonçalo. As defesas dos suspeitos ainda não se manifestaram sobre o caso, aguardando a devida intimação para se pronunciarem nos autos do processo.