Última atualização 30/09/2024 | 14:29
Na tarde de sexta-feira, 27, um incidente grave ocorreu na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, um município a cerca de 55 km da capital goiana. A delegada titular, Aline Lopes, precisou atirar contra um homem suspeito de estuprar a própria filha para contê-lo e proteger uma testemunha.
O caso começou quando a denúncia de abuso sexual estava sendo registrada na unidade policial pelo Conselho Tutelar. A vítima, uma adolescente de 14 anos, a mãe dela e uma testemunha estavam presentes. O suspeito tentou impedir que a testemunha pegasse documentos para registrar a denúncia contra ele, e em um momento de tensão, ele tentou arrastar a vítima do local à força.
Devido à ausência de um policial, a delegada Aline Lopes entrou em conflito com o homem. Ela conseguiu retirar a garota dos braços do pai e encaminhá-la para outra sala. Posteriormente, ao acompanhar a testemunha que denunciava o caso até o carro para pegar documentos, a delegada se deparou com o homem na praça em frente à delegacia. O homem, apesar de alertas, continuou se aproximando da testemunha, o que levou a delegada a efetuar um disparo na região da perna dele para evitar qualquer agressão.
A delegada explicou que a ação foi de legítima defesa, visando impedir que a agressão continuasse e cessasse. O homem foi autuado em flagrante por coação no curso do processo, uma vez que sua intenção era impedir que a filha o denunciasse e passasse por exames. Ele foi encaminhado para o hospital, onde está sendo custodiado, e após ter alta, será preso pelo crime de estupro de vulnerável.
Sobre o caso de estupro, a investigadora relata que ainda não tem detalhes sobre a situação. No entanto, sabe-se que a mãe e a adolescente têm problemas mentais e que a menina teria relatado para uma vizinha o que o pai fazia com ela.
A polícia vai apurar o caso e o que motivou o homem a querer impedir que a polícia apurasse o caso.