Delegada é acusada de ameaçar entregador por aplicativo, em Goiânia

Um entregador de aplicativo de 41 anos foi ameaçado por uma delegada na noite desta sexta-feira (8), em Goiânia. Aos policiais, ele contou que ao chegar no prédio, foi abordado pela delegada Gabriela Bigato Adas, que se irritou quando ele disse que o pedido não era para ela e sacou uma arma.

Ao G1, ele informou que o nome da pessoa que receberia o pedido era Gabriele, por isso, houve confusão. Para confirmar, ele pediu o código de verificação e percebeu que não correspondia ao pedido da agente. Com isso, ela teria se irritado.

“Eu perguntei pelo código de verificação e eu vi que era diferente. Tentei explicar, mas ela colocou o celular na minha cara falando que era para ela. Eu levantei os braços reclamando e ela sacou a arma, disse que era polícia e podia me prender. Nessa hora eu virei de costas”, contou.

Após conseguir explicar para a delegada que a entrega que estava com ele era para outra moradora, ele conseguiu subir ao apartamento correto e deixar o pedido. A moradora que recebeu a encomenda soube da situação e chamou a Polícia Militar (PM).

No boletim de ocorrências, a policial negou ter sacado a arma e afirmou que o entregador colocou o celular próximo ao rosto dela e a ameaçou dizendo que pegaria uma faca. No entanto, o homem não não tinha uma faca com ele.

Após o ocorrido, entregadores de aplicativo fizeram um protesto contra a ameaça sofrida pelo colega na porta do prédio. Equipes da PM controlaram os manifestantes.

Manifestação contra ameaça a entregador por aplicativo.

Investigação

Diante dos fatos e versões contraditórias, a Polícia Civil (PC) informou que a Corregedoria está apurando o ocorrido para alcançar a verdade dos fatos.

Em nota, o iFood disse que repudia todo ato de agressão ou discriminação contra os agressores. “Em casos como esse, o entregador conta com um canal de denúncias no próprio aplicativo para registrar os fatos que contribuirão para a investigação interna”.

A empresa disse estar à disposição para colaborar com as investigações.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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