Delegada evita ataque planejado por grupo de ódio no Discord: três presos por crime transmitido ao vivo

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Diante do crescimento de grupos de ódio online, a delegada Maria Luiza Armínio Machado, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), evitou um ataque planejado por jovens no Discord. Três homens foram presos por planejarem executar um homem em situação de rua, com o crime sendo transmitido ao vivo na plataforma em troca de dinheiro. Com Caio Nicholas Augusto Coelho, Kayke Sant Anna Franco e Bruce Vaz de Oliveira sendo apontados como chefes do grupo, a delegada destacou a banalização da violência nesse ambiente, que tratava a crueldade como entretenimento e forma de ganhar notoriedade.

Além do plano de execução, o grupo promovia correntes de ódio na internet, direcionando seus ataques principalmente contra negros, mulheres, adolescentes e animais. Os crimes cometidos, todos com um viés de entretenimento, incluíam maus-tratos a animais, indução à automutilação, racismo e estupro virtual. O crime contra o morador de rua estava marcado para o aniversário de Adolf Hitler, demonstrando a gravidade e a insensibilidade dos envolvidos.

A operação que levou à prisão dos suspeitos foi desencadeada a partir de uma informação do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça. A investigação revelou que o grupo já estava sendo monitorado, mas a urgência do possível assassinato fez com que a ação fosse antecipada. Os responsáveis pelos crimes eram identificados como aqueles que administravam as páginas de ódio, acumulando delitos ao longo do tempo.

A delegada enfatizou a importância de monitorar as atividades online dos jovens, alertando para a presença do perigo dentro de casa, visto que muitas ações criminosas são planejadas nas redes sociais. O Discord, popular entre os jovens, enfatizou que não tolera atividades que promovam discurso de ódio, incitação à violência e compartilhamento de conteúdo prejudicial, tomando medidas imediatas ao identificar tais casos.

Com a próxima fase da investigação buscando identificar quem financiava o grupo, a polícia reforça a importância de combater essas comunidades online que propagam o ódio e a crueldade. A conscientização sobre os perigos presentes nas redes sociais torna-se essencial para prevenir atos violentos e proteger a segurança de todos os usuários. A atuação eficaz das autoridades e a colaboração da sociedade são fundamentais para combater essas ameaças digitais.

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