Delegado diz que partidos políticos receberam propinas em esquema de carne ilegal

Delegado diz que partidos políticos receberam propinas em esquema de carne ilegal

Segundo o delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi Grillo, partidos políticos estariam envolvidos no recebimento de propina oriundos do esquema ilegal de venda de carne que foi âmbito de investigação da Operação Carne Fraca. Dois partidos, PMDB e PP teriam utilizado o dinheiro para realizar uma espécie de caixa dois.

As empresas recebiam facilidades na fiscalização da produção. Dessa forma os produtos poderiam ser adulterados já que os certificados sanitários eram dados por agentes públicos sem que houvesse qualquer tipo de análise sanitária. O delegado informou que o enriquecimento dos envolvidos na investigação demonstrava o recebimento da propina.

Grillo afirmou que a PF conseguiu filmagens de um lobista entregando propina dentro de um isopor para um fiscal da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no Paraná. Segundo o delegado, essa era uma das várias formas de pagamento que eram feitas pelas empresas.

A quantia total envolvida no caso ainda não é de conhecimento da Polícia. Estima-se que o valor seja alto já que um dos investigados relatou ter recebido R$ 400 mil em propina. Durantes as buscas e apreensões foram encontrados valores de R$65 mil e R$ 30 mil com fiscais.
Com informações do G1

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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