Delegado youtuber simulou prisão de chefe do PCC para ganhar seguidores

O delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha, apareceu encostando o ouvido na porta de um barraco da favela da Nhocuné, na zona leste da cidade de São Paulo, para ordenar a invasão do local. “Polícia! Deita, deita”, gritaram.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, um homem sequestrado por criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) já tinha sido liberado momentos antes por outros policiais (Patrick e Ronald), mas foi colocado novamente em um cativeiro em poder do sequestrador para que uma simulação fosse filmada, como se tivesse sido Da Cunha o responsável pela prisão. Colegas do delegado afirmaram que ele queria ganhar mais seguidores em redes sociais.

Simulação seria postada em canal do YouTube

De acordo com a versão da vítima, o delegado afirmou que a encenação seria necessária para produção de prova material, a ser juntada no processo. “Acreditando que realmente se tratava de prova policial, aceitou e foi deixado pelos policiais novamente dentro da casa com o traficante. […] Acha que isso foi uma falha dos policiais, pois foi deixado no mesmo local que uma pessoa perigosa e ele poderia ter pego uma faca para lhe ferir”, disse a vítima, que teve o nome preservado, conforme trecho de depoimento em poder do Ministério Público.

“Depois soube que a gravação não era para o processo, mas, sim, para o canal do YouTube do delegado Da Cunha e isso lhe deixou extremamente indignado, especialmente porque o delegado mentiu sobre a gravação. […] Frisa que o que policial que realmente o libertou do cativeiro [nem] sequer participou daquela gravação”, complementou o homem, no início deste mês.

O delegado Denis Ramos de Carvalho, ex-braço-direito de Da Cunha, relatou que o colega praticamente só comparecia ao trabalho nos dias de operações, com o objetivo de realizar a filmagem da ação. Da Cunha, segundo Carvalho, dizia estar muito atarefado com seu canal no YouTube.

 

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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