Deltan Dallagnol é condenado a pagar R$135 mil a Lula: ex-procurador se defende e promete doar valor excedente

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Deltan Dallagnol, ex-procurador da força-tarefa da Lava Jato, afirmou que faria novamente mil vezes se tivesse mil vidas o que fez, em referência ao processo que o condenou a indenizar Lula em R$ 135,4 mil por danos morais, determinado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O pagamento deve ser feito ao presidente em até 15 dias, como parte do processo de indenização por uma apresentação em PowerPoint feita por Dallagnol em 2016.

O PowerPoint em questão foi usado para ilustrar a denúncia sobre o caso do triplex do Guarujá. Dallagnol afirmou em comunicado que agiu corretamente e que a decisão da justiça deveria recair sobre os corruptos e aqueles que garantem a impunidade. Ele também agradeceu o apoio recebido e mencionou que os recursos para o pagamento serão provenientes de doações espontâneas de mais de 12 mil brasileiros, totalizando mais de meio milhão de reais.

O ex-procurador se comprometeu a doar o valor excedente para hospitais filantrópicos que tratam crianças com câncer e com transtorno do espectro autista. Dallagnol encerrou seu comunicado destacando que não desistirá de lutar pelo país, mesmo diante das adversidades. Ele ressaltou a importância de não se deixar vencer pelo mal e buscar transformar as injustiças em ações de solidariedade.

A condenação de Deltan Dallagnol envolveu o pagamento de R$ 135,4 mil a Lula, incluindo correção monetária, juros e honorários advocatícios. O prazo estipulado para o pagamento é de 15 dias, sob pena de multa e honorários adicionais. O caso do PowerPoint apresentado por Dallagnol em 2016 gerou a ação de reparação por danos morais por parte da defesa de Lula, que contestou a forma como o ex-procurador o retratou.

A apresentação de Dallagnol foi considerada abusiva e ilegal pela defesa de Lula, que alegou julgamento antecipado e inclusão de acusações não relacionadas à denúncia original. O caso passou por diversas instâncias judiciais, com decisões divergentes, até que o STF manteve a decisão favorável a Lula. Dallagnol reforçou que a luta contra a corrupção e a impunidade deve ser contínua e que os bons não devem ser vencidos pelos maus.

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