DEM anuncia expulsão de Rodrigo Maia do partido

Em uma decisão unânime, a Executiva Nacional do DEM decidiu nesta segunda-feira (14) expulsar o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O político entrou em conflito com a sigla durante a época da eleição para o presidente da Casa, vencida por Arthur Lira, no início do ano.

“A comissão nacional, à unanimidade de votos, deliberou pelo cometimento de infração disciplinar, e consequente expulsão do deputado”, diz nota divulgada pelo partido.

Maia apoiava seu aliado Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pelo cargo. Já a maioria dos demistas, ficou ao lado de Lira, que era aliado do Planalto.

A decisão da expulsão do deputado partiu da banca da Câmara após Rodrigo Maia atacar o presidente da legenda, ACM Neto, em suas redes sociais. Os ataques teriam acontecido após Neto criticar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

“Comentários infantis e ofensas desnecessárias a ACM Neto refletem a tentativa de gerar constrangimento. Tem sido pior para ele [Maia]“, escreveu o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), quando anunciou que a bancada pediria a expulsão.

Maia também afirmou em sua conta nas redes sociais que ”o partido diminuiu. Virou moeda de troca junto ao governo Bolsonaro. Agora é virar a página e juntar forças para um projeto de desenvolvimento do Brasil e em prol dos brasileiros”.

Ainda não se sabe se haverá disputa judicial pelo mandato de Rodrigo Maia.

O deputado deverá buscar uma nova sigla. A mais esperada é a PSD, onde já está seu aliado Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.

Maia é deputado desde 1998. Todas ás vezes foi eleito pela DEM. Presidiu o partido de 2007 a 2011. Já foi também filiado ao PTB e, antes de ser eleito, ao PDT.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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