O cenário do futebol europeu tem se tornado cada vez mais parecido com a realidade do futebol brasileiro, com a demissão precoce de treinadores se tornando uma prática comum. O início da temporada na Europa foi marcado por importantes demissões, como a de Nuno Espírito Santo no Nottingham Forest, tornando-se a terceira demissão nas principais ligas, seguindo as quedas de Ten Hag no Bayer Leverkusen e José Mourinho no Fenerbahçe.

A mudança nesse cenário é notável, já que tradicionalmente o futebol europeu era associado à estabilidade de treinadores. Porém, a falta de paciência tem se tornado uma tendência, com clubes dispensando técnicos mesmo no começo do trabalho. Um exemplo disso é o Campeonato Brasileiro, que já contou com diversas trocas de técnicos nas primeiras rodadas da competição.

O Paris Saint-Germain, por exemplo, surpreendeu ao dispensar o técnico Thomas Tuchel antes do Natal na temporada 2020/21. Tuchel assumiu o Chelsea logo em seguida e conquistou títulos importantes, mostrando que a rapidez na tomada de decisões nem sempre é prejudicial. Clubes como Milan e Juventus também demonstraram pouca paciência com seus treinadores nos últimos anos.

Os treinadores demitidos neste início de temporada na Europa, como Nuno Espírito Santo, já vivenciaram situações semelhantes em suas carreiras. A decisão de dispensá-los muitas vezes não está ligada apenas aos resultados, mas também a questões de relacionamento com dirigentes e insatisfações internas nos clubes.

José Mourinho, por exemplo, foi demitido pelo Fenerbahçe após uma eliminação na Liga dos Campeões, sendo essa sua segunda demissão seguida em clubes diferentes. Erik Ten Hag, por sua vez, teve uma passagem ainda mais curta pelo Bayer Leverkusen, sendo demitido após apenas três jogos oficiais. A falta de paciência no futebol europeu tem se refletido em decisões rápidas e drásticas, mostrando a influência do cenário brasileiro nesse aspecto.