Construções irregulares que estavam localizadas nas imediações do Complexo Penitenciário de Gericinó foram demolidas em uma operação conjunta da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), do Ministério Público do Rio (MPRJ) e da Polícia Militar. As construções clandestinas estavam situadas em um loteamento não autorizado, a menos de 250 metros da unidade prisional, em uma área de segurança onde a lei proíbe edificações. Essa ação se faz necessária devido à influência do Comando Vermelho na região.
De acordo com informações do MPRJ, as invasões de propriedades e construções clandestinas nos arredores do complexo prisional seriam coordenadas por uma facção criminosa, facilitando fugas e a entrada de itens proibidos nas cadeias. Além das demolições das construções, os moradores da região serão notificados e receberão acompanhamento da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Os engenheiros da prefeitura estimaram um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão para os responsáveis pelas construções demolidas. O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, reforçou a importância de evitar que novas construções irregulares sejam erguidas tão próximas ao presídio, garantindo que a fiscalização na região continuará sendo realizada.
A operação contou com a participação de agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Guarda Municipal, Comlurb e Rio Luz, além do novo Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) do MPRJ, Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Sistema Prisional. A ação foi planejada com base em relatórios que indicam a presença do Comando Vermelho no entorno do Complexo de Gericinó, visando a ampliação de sua atuação na região.
Essa não foi a primeira vez que operações desse tipo foram realizadas na área. Em agosto de 2024, a Seop já havia demolido construções irregulares e desfeito um loteamento ilegal próximo ao complexo prisional. Na ocasião, foi constatado que luminárias furtadas da Rioluz estavam sendo utilizadas nas obras de infraestrutura do local.
A situação evidencia a necessidade de medidas rigorosas para coibir a ação de facções criminosas e garantir a segurança nas imediações do Complexo Penitenciário de Gericinó. A cooperação entre os órgãos municipais, estaduais e a sociedade civil é fundamental para combater atividades ilegais e preservar a ordem pública na região. Essas ações devem ser constantes e eficazes para impedir que novas irregularidades surjam e coloquem em risco a segurança da população e dos presidiários.