Demóstenes faz aliança com José Eliton e fortalece candidatura ao Senado

Estamos aqui discutindo a formação do governo e vamos buscar contemplar o PTB como parceiro estratégico, comentou o vice-governador José Eliton sobre a aliança
O ex-senador Demóstenes Torres (PTB) fecha aliança com José Eliton (PSDB), na tentativa de fortalecer e emplacar sua candidatura ao Senado, autorizada por meio de liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), concedida pelo ministro Luis Fucks na última terça-feira, 27.
A aliança entre PSDB e PTB foi intermediada pelo deputado federal Jovair Arantes na tarde desta quarta-feira em reunião no Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia. Em compensação o senador Wilder de Morais fechou acordo com Ronaldo Caiado (DEM). Apoio que deve promover mais uma divisão na base aliada do governo.
Com a legitimidade da candidatura de Demóstenes, a base aliada do governo se dividirá para definir a chapa majoritária entre o ex-senador e a tucana Lúcia Vânia. Tecnicamente, a escolha deverá ser consensual baseada em critérios da pré-campanha, especialmente, na preferência do eleitorado. De acordo com Jovair, tanto Demóstenes quanto Lúcia Vânia estão de acordo com tais definições.
O vice-governador José Eliton parabenizou Demóstenes sobre a decisão do STF e manifestou empenho para construção de uma base sólida com aliados de peso. “Estamos aqui discutindo a formação do governo e vamos buscar contemplar o PTB como parceiro estratégico”, falou o tucano ao lado do deputado federal Jovair Arantes.
Integrantes da base aliada do governador Marconi Perillo (PSDB) afirmam que a quarta-feira santa foi movimentada no Palácio das Esmeraldas. Marconi se reuniu com lideranças partidárias, deputados estaduais e pré-candidatos da base no intuito de tomar conhecimento das reais intenções de filiação e desfiliação dos candidatos e criar diretrizes para as convenções partidárias.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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