Demóstenes será candidato a deputado federal

O procurador Demóstenes Torres (PTB) adiou seu sonho de voltar ao Senado e, neste ano,confirmou que será candidato a deputado federal. Na tarde dessa quarta-feira, 25, de acordo com informações do Jornal Opção, Demóstenes procurou o presidente de seu partido, o deputado federal Jovair Arantes, e o governador José Eliton e acordou em se candidatar a deputado. Sua primeira providência será voltar de vez às mídias sociais, território que dominou enquanto teve mandato. “Fiz mais de 500 vídeos de Direito e vamos postar”, disse Demóstenes sobre os próximos passos da pré-campanha. “Nada de pedido de voto e muita prestação de serviços.”

Ainda entrevista ao Jornal Opção, Demóstenes se ateve também à parte política. Mostrou-se grato, citou uma infinidade de nomes, preocupado em agradecer “a todos que manifestaram publicamente apoio” ao seu retorno como senador. Seis partidos, a maioria da bancada governista no Congresso Nacional e na Assembleia e grande parte dos prefeitos estava com Demóstenes. Mas o ex-governador Marconi Perillo havia empenhado sua palavra com a reeleição da senadora Lúcia Vânia e a manteve. Não havia como o PTB ganhar a disputa interna com o maior líder do PSDB.

Demóstenes vai continuar amanhã, 26, a se reunir com prefeitos, ex-prefeitos e outras lideranças municipais. Nesta tarde, já esteve com oito deles, inclusive o de Anápolis, Roberto Naves. Já tem extensa lista de pré-candidatos a deputado estadual interessados em fazer com ele as chamadas dobradinhas. O procurador considera acertada sua decisão de permanecer na base aliada: “Jovair esteve comigo em todos os momentos, o que só ratifica minha opção por me filiar ao PTB por causa de sua lealdade, seu companheirismo. O governador José Eliton confirmou as melhores expectativas que se pode ter em relação a um amigo e líder. A maioria das lideranças municipais e estaduais que me apoia é da base, então, estou no lugar certo”.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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