Demóstenes Torres: “Quero minha elegibilidade de volta”

O ex-senador e procurador de Justiça Demóstenes Torres (PTB) quer voltar ao cenário político como candidato ao Senado nas eleições de outubro. “Quero minha elegibilidade de volta porque preciso dar continuidade ao trabalho que fui impedido de continuar”, diz.

Demóstenes foi processado por corrupção ativa e advocacia privilegiada em 2.012. Teve seu mandato cassado, mas todas as acusações e provas contra ele foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2016. Diante a absolvição, o procurador pede junto ao Senado a revisão do processo de inelegibilidade. “Provei na Justiça que não cometi crime algum. Tenho musculatura para enfrentar e vencer essa eleição nas urnas. Só quero meu direito de candidatar de volta”, desabafa.

De acordo com o ex-senador, seu pedido está parado e sequer tem relator. Caso não seja definido até o próximo dia 28, irá entrar com ação no STJ, considerando que sua candidatura pode ser registrada até o dia 6 de abril. Mas Demóstenes espera que os senadores sejam sensatos e levem em consideração a decisão do Supremo, que o isenta das acusações. “Só quero do direito de reassumir a cadeira que me foi confiada pela população goiana. Se o Senado não definir minha situação, acredito que consiga fazer isso por meio de liminar no Supremo e registrar minha candidatura”, afirma.

Abono de Permanência: “O Estado me devolveu o que tirou de mim por 45 meses”

 

O 03. O montante foi pago em novembro de 2017, após solicitação administrativa ao órgão. “Todo servidor público tem direito ao abono de permanência e todos recebem esse abono mensalmente. Menos comigo. Ao invés de repassar o valor, referente a R$ 4 mil mensais, o governo segurou meu dinheiro por perseguição política. Agora eu só peguei de volta o dinheiro que o Tesouro deixou de repassar”, explica.

O procurador tem direito ao abono porque poderia ter se aposentado em 2.014, mas não o fez, e segundo ele, não tem intenção de fazê-lo tão cedo. “Estou bem no Ministério Público. Estou feliz e confiante que voltarei ao Senado. Me aposentar pra quê? Ainda tenho muito que fazer pela legislação brasileira e pelo povo goiano”, finaliza.

Patrícia Santana

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp