Dengue e chikungunya batem recorde histórico de casos em Goiás

Dengue e chikungunya batem recorde histórico de casos em Goiás

O ano de 2022 é de recorde para Goiás, mas trata-se de uma marca negativa. Os casos de dengue e chikungunya atingiram o maior número no estado desde quando começaram a ser feitos os registros das doenças provenientes do mosquito Aedes aegypti, em 1994.

O recorde negativo em Goiás

No boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), com registros de notificações até 22 de outubro, Goiás tinha chegado a 204 mil casos de dengue, apresentando a maior taxa de contaminação do Brasil.

Além disso, o estado era o segundo com maior número de mortes no País, atrás apenas de São Paulo. Goiânia, por sua vez, era a segunda cidade com mais casos, com 53,6 mil.

Atualmente, Goiás alcançou a marca de 261.450 notificações de casos de dengue. Como base de comparação, nos últimos anos o maior número foi em 2015, quando houve a notificação de 180.838 casos. Neste momento, a maior incidência no estado é em Palestina de Goiás, com 578 casos a cada 100 mil habitantes.

Neste ano, Goiás registrou 150 mortes por dengue. O número é 384% maior do que em 2021, em que 39 pessoas morreram pela doença. Já por chikungunya, o número total de registros é de 3.868, com sete mortes no estado.

Com o início do período chuvoso, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), elaborou o Plano de Contingência para o Controle de Arboviroses 2022/2023. O documento norteia as ações da pasta no combate ao Aedes aegypti e doenças como dengue, zika e chikungunya.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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