Dengue: Goiânia tem multa para quem recusar entrada de agente de saúde

Uma força-tarefa da Prefeitura de Goiânia vai multar quem recusar a entrada ou dificultar o trabalho dos agentes de combate à dengue. A multa ultrapassa os R$ 6,5 mil. O critério é apenas um dos que os fiscais levarão em  consideração para determinar o valor em dinheiro da punição. A sanção faz parte de um trabalho iniciado nesta segunda (25) após reunião com o Ministério Público de Goiás para discutir o aumento de 1.562% de casos notificados da doença. 

Os fiscais da dengue vão visitar imóveis e lotes em toda capital. A primeira etapa vai se concentrar em 13 bairros da região Sudoeste da cidade. Na próxima semana será a vez do Distrito Sanitário Leste, depois o Oeste e, em seguida, o Noroeste.  No bairro, o índice de infestação chega a quase 3%, ou seja, a cada 100 imóveis, 3 tem focos de Aedes aegypti. 

O objetivo é combater o mosquito que também transmite chikungunya e zika e autuar os donos de imóveis reincidentes, que poderão recorrer das multas em cinco dias. Se mantidas, elas serão cobradas no boleto do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (ITU) de 2023.

“Poderão ser multados aqueles proprietários que já foram notificados, alguns por diversas vezes, mas que não tomaram as devidas providências para acabar com os criadouros. São pessoas que estão contribuindo para a proliferação do mosquito e do aumento do número de casos de dengue em nossa cidade. As multas, previstas em lei, variam de R$ 2.608 reais a R$ 26 mil”, alerta o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.  

O coordenador da fiscalização, Jadson Moreira, explicou que as notificações e autuações são feitas por servidores da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). O valor da multa depende do tamanho do terreno, da quantidade de material foi retirado na limpeza de qual maquinário foi utilizado. As visitas começam nesta semana em 13 bairros. Atualmente, Goiânia tem 140 mil lotes baldios.

Confira os critérios que determinam o valor das multas relacionadas ao combate à dengue:

  • Residências: R$ 2.608,81
  • Deixar caixas d’água, reservatórios ou cisternas sem tampas adequadas: R$ 2.608,81
  • Condomínios verticais e horizontais: R$ 3.623,35
  • Depositar e/ou descartar de forma irregular pneus e similares: R$ 4.348,02
  • Comércio de órgãos públicos: R$ 6.522,03
  • Recusar a entrada da fiscalização ou do Agente de Combate a Endemias, ou dificultar seus trabalhos: R$ 6.522,03
  • Piscina sem tratamento: R$ 7.246,71
  • Obras de construção civil: R$ 26.088,15

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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