Última atualização 30/01/2024 | 11:22
Nesta terça-feira, 30, os policiais civis da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) cumpriu o mandado de prisão preventiva de uma dentista. A profissional é suspeita de deformar o rosto de pacientes, após realizar procedimentos estéticos em um instituto, coordenado por ela, no Setor Oeste, em Goiânia.
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) cumpriu, também, mandados de busca e apreensão em Goiânia e em Santa Bárbara de Goiás, município localizado na região oeste de Goiás. Com isso, as investigações apontam a odontóloga como suspeita de cometer crimes de exercício ilegal da profissão e execução de serviço de alta periculosidade. Os crimes constam no Código de Defesa do Consumidor.
Há outros dentistas envolvidos
Além da profissional presa, outros três dentistas também são suspeitos de realizar os procedimentos expressamente vedados pelo Conselho Federal de Odontologia. Segundo a PCGO, os profissionais divulgavam os serviços de procedimento estéticos nas mídias sociais com valores abaixo do mercado, o que atraia um número considerável de pessoas.
Assim, a odontóloga vendia os procedimentos abertamente em suas mídias sociais, que chegavam a mais de 650 mil seguidores. Além disso, ela ministrava cursos para outros profissionais da saúde. Os cursos ensinavam a realização de cirurgias sob sua supervisão. Durante as diligências na clínica da suspeita, a polícia encontrou diversos instrumentos cirúrgicos, anestésicos e medicamentos vencidos.
Dessa forma, os agentes apreenderam os materiais encontrados e descartados pela Vigilância Sanitária. Esta, por sua vez, também autuou a dentista por infrações administrativas como inadequação do alvará sanitário do estabelecimento. Portanto, tais condições a impediria de realizar qualquer procedimento invasivo nos pacientes.
Ainda nas diligências, os policiais apreenderam também o celular usado para comunicar com os pacientes. Com isso, descobriram que vários deles estavam com o rosto deformado pelas cirurgias realizadas pela dentista ou pelos seus “alunos”.
Para investigação, a PCGO conseguiu colher declarações de mais de dez vítimas da dentista, além de ex-funcionários do instituto onde ela realizava os procedimentos. Além de proceder com as cirurgias em local inadequado, pacientes e ex-funcionários declararam que a suspeita não aceitava críticas ao seu trabalho e tratava com descaso os pacientes.