Dentista proibido de atender após procedimento dar errado é preso em consultório

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu na última segunda-feira, 25, o dentista Igor Leonardo Soares Nascimento por atender pacientes de forma ilegal. Ele foi proibido de atender por decisão judicial após uma paciente perder parte do nariz depois de um procedimento estético.

Igor foi preso em flagrante enquanto fazia procedimentos em um consultório, em Aparecida de Goiânia, com as portas fechadas. O dentista foi denunciado por exercer a função de odontólogo na área de estética de forma clandestina, o qual ele é impedido por lei.

No momento da prisão, o dentista realizava um procedimento estético onde havia aplicado uma substância de uso proibido para fins estéticos nos termos da portaria da Anvisa, conhecido como PMMA. A paciente informou que não sabia do uso da substância e que acreditava se tratar de ácido hialurônico.

Segundo a PCGO, o dentista foi preso pelos seguintes crimes de exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica; desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito; e por crimes contra relação de consumo de: executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente; induzir o consumidor ou usuário a erro.

Crimes cometidos

Igor Leonardo Soares Nascimento foi proibido de exercer a função como dentista após ser indiciado por lesão corporal contra a paciente Elielma Carvalho Braga. A vítima teria passado por uma cirurgia chamada alectomia em junho de 2020, após ver anúncios na internet.

O procedimento, que promete reduzir as asas nasais e afinar o nariz, foi realizada por Igor, apesar de ser uma cirurgia proibida para dentistas. Elielma acreditou que o procedimento tinha dado certo, mas nos dias seguintes, ela começou a sentir fortes dores e alterações no rosto. A vítima precisou passar por cirurgias de reconstrução devido aos danos.

O crime foi denunciado dois anos depois por Elielma, em julho de 2022. Ela contou ter sofrido necrose no lado direito do nariz e precisou passar por mais de dez cirurgias para reconstruir as narinas, ficando com cicatrizes.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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