Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, e o ex-gerente Roberto Gavioli estão sendo denunciados pelo Ministério Público por fazerem uso indevido do cartão corporativo do clube. A denúncia revela mais de 200 gastos considerados indevidos, totalizando um prejuízo estimado em cerca de R$ 480 mil. Entre as despesas listadas estão a compra de relógios de luxo, compras em duty free, lojas de roupas, farmácias, frigoríficos, atendimento em hospital, exames em laboratório, serviços de barbearia e refeições em churrascarias e restaurantes.
Além disso, o cartão corporativo foi utilizado para pagamento de despesas pessoais, como passeios de barco, hospedagem em hotéis e refeições em restaurantes. Andrés admitiu o uso indevido do cartão, alegando confusão com seu cartão pessoal e comprometendo-se a ressarcir o clube. A denúncia aponta que o ex-presidente não restituiu integralmente o valor devido, tornando-se réu nestes processos.
O Ministério Público pede que Andrés e Gavioli sejam obrigados a ressarcir o valor de R$ 480 mil aos cofres do Corinthians, além de pagar danos morais. A denúncia inclui acusações de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsificação de documento tributário. A juíza responsável decidirá se aceita ou não a denúncia, tornando-os réus em uma ação penal.
Segundo o promotor, o uso indevido do cartão corporativo para despesas pessoais caracteriza apropriação indébita. Além disso, a lavagem de dinheiro é também uma acusação, devido à ocultação da origem dos valores. Notas fiscais em nome de terceiros ou sem identificação foram utilizadas para mascarar esses gastos. A denúncia destaca o papel de Andrés na apropriação contínua de recursos do clube e a omissão de Gavioli no controle das despesas.
A defesa de Andrés refuta as acusações, alegando falta de provas e excesso na imputação dos crimes. Afirmam que a inocência do ex-presidente será comprovada ao longo do processo, garantindo a imparcialidade do Poder Judiciário. A denúncia levanta sérias questões sobre a conduta de ex-dirigentes do Corinthians, evidenciando práticas ilegais na gestão financeira do clube.
A repercussão do caso tem impacto não apenas no Corinthians, mas também no cenário esportivo brasileiro, levantando questões sobre transparência, ética e responsabilidade na gestão de clubes de futebol. A investigação em curso e as acusações feitas pelo Ministério Público exigem uma resposta firme das autoridades competentes, visando a proteção do patrimônio dos clubes e a punição de condutas indevidas. Este caso serve como alerta para a importância da integridade e da boa governança no esporte.




